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21/08/2023 às 14h20min - Atualizada em 21/08/2023 às 14h20min

Cobra em homenagem a Harrison Ford é descoberta em floresta do Peru

A Tachymenoides harrisonfordi é uma nova espécie de cobra com uma homenagem peculiar. Conheça mais sobre o animal e seu nome!

Assessoria de imprensa
Imagem/USA Today, La Nacion
A Tachymenoides harrisonfordi é a nova descoberta latina batizada em homenagem ao ator.

Cientistas no Peru encontraram uma nova espécie de cobra em uma reserva florestal, e deram o nome de “Harrison Ford” em homenagem ao famoso ator, por conta da sua atuação em causas do meio ambiente.

A cobra foi descoberta no Parque Nacional Otishi, numa área montanhosa, a mais de 3 mil metros acima do nível do mar.

Ela foi encontrada durante uma expedição em 2022, mas só agora os cientistas perceberam que era uma espécie desconhecida. Isso porque a região de descoberta é de difícil acesso e levou sete dias de helicóptero para ser alcançada.

Inofensiva
A Tachymenoides harrisonfordi possui um comprimento de aproximadamente 40 centímetros e exibe uma aparência que a diferencia das outras cobras conhecidas.

Seu habitat fica nas pastagens montanhosas da puna, no Parque Nacional Otishi, situado a uma impressionante altitude de 3.248 metros.

Essa altitude elevada é um dos fatores que contribui para suas características únicas.

A cobra foi inicialmente descoberta durante uma expedição liderada pelo biólogo teutoamericano Edgar Lehr, no mês de maio do ano anterior.

Contudo, somente recentemente os cientistas foram capazes de determinar que se tratava de um macho de uma espécie completamente nova.

Sua aparência é igualmente intrigante. A pele da cobra é predominantemente marrom-amarelada, adornada com marcantes manchas pretas que conferem um aspecto camuflado, ideal para seu ambiente de caça.

A barriga do réptil é de um preto profundo, enquanto a cor de cobre de suas íris dá um toque cativante à sua expressão. Essas características visuais a tornam uma espécie singular e notável na floresta.

Caça
Além disso, Tachymenoides harrisonfordi também tem hábitos curiosos de caça. Ela é habilidosa, embora inofensiva para os humanos.

Isso porque se alimenta principalmente de anfíbios e lagartixas, usando sua camuflagem e habilidades de emboscada para se aproximar furtivamente de suas presas.

Essa adaptação à dieta é uma parte fundamental de seu papel no ecossistema local, desempenhando um papel vital no equilíbrio da população de suas presas.

Tachymenoides harrisonfordi

Via USA Today

A relevância da descoberta dessa espécie nova vai além do campo da biologia. A cobra Harrison Ford representa um vínculo entre a natureza e o ativismo ambiental do famoso ator.

Por meio da organização Conservation International, ele confirmou o empréstimo do seu nome à serpente recém-encontrada.

Assim, essa parceria entre a ciência e a consciência ambiental realça a importância da preservação das riquezas naturais do planeta.

A divulgação dessa descoberta na revista científica Salamandra, publicada pela Sociedade Alemã de Herpetologia e Herpetocultura, em 15 de agosto, marca um momento significativo no campo da herpetologia.

A reserva florestal, conhecida como Parque Nacional Otishi, abrange uma vasta extensão de 306 mil hectares e se estende por regiões de difícil acesso nas províncias de Satipo e La Convención, na floresta central do Peru.

É um território de grande valor para a biodiversidade e, agora, também conhecido como o lar da Tachymenoides harrisonfordi.
Como se nomeia uma espécie nova?
O processo de nomear uma espécie recém-descoberta é chamado de nomenclatura binomial. Ele segue um conjunto de regras e convenções estabelecidas na taxonomia. Essa é a disciplina científica responsável por classificar e nomear os seres vivos.

A nomenclatura binomial foi desenvolvida por Carl Linnaeus no século XVIII e é amplamente utilizada até hoje.

Primeiro, os cientistas primeiro precisam confirmar que a espécie é de fato nova e não está presente na literatura científica.

Isso envolve uma análise detalhada das características físicas, genéticas e comportamentais da espécie em questão.

Em seguida, escrevem uma descrição detalhada da nova espécie, incluindo informações sobre sua morfologia, habitat, comportamento, distribuição geográfica, entre outros aspectos relevantes.

Essa descrição é frequentemente publicada em uma revista científica revisada por pares.

Posteriormente, ocorre a indicação do nome científico, que consiste em dois termos: o gênero (genericamente com letras maiúsculas) e o epíteto específico (tudo em letras minúsculas).

Juntos, esses termos formam o nome científico único da espécie. Por exemplo, no caso da cobra descrita, “Tachymenoides” é o gênero e “harrisonfordi” é o epíteto específico.

Publicação
A descrição da nova espécie, juntamente com seu nome científico, segue para publicação em uma revista científica apropriada.

Isso estabelece o nome oficial da espécie e permite que outros cientistas acessem as informações sobre a nova descoberta.

Após a publicação, o nome científico da nova espécie vai para os bancos de dados de biodiversidade, como o “Integrated Taxonomic Information System” (ITIS) e o “Global Biodiversity Information Facility” (GBIF), para garantir sua disponibilidade e rastreabilidade.

Por fim, o processo de nomeação passa por revisão por pares, onde outros especialistas na área avaliam e validam a descrição da nova espécie e a nomenclatura proposta.

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