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20/03/2023 às 15h51min - Atualizada em 20/03/2023 às 15h51min

Em busca de Atlântida? Campos magnéticos podem ajudar a encontrar civilizações submersas

Dados de magnetometria serão usados para desvendar os segredos de Doggerland, continente que afundou há 8 mil anos

History
Imagem/Divulgação
Civilizações submersas fascinam a humanidade há milênios. A existência da lendária Atlântida nunca foi comprovada, mas outros continentes que foram parar embaixo d'água podem ser estudados com a ajuda de tecnologia. Para executar essa tarefa, pesquisadores pretendem usar dados de magnetometria, técnica geofísica que investiga a geologia com base nas variações do campo magnético terrestre. 

Doggerland
A técnica deve ser usada para pesquisar uma área sob o Mar do Norte conhecida como Doggerland, que abrigava um dos maiores assentamentos pré-históricos europeus. Trata-se de um continente perdido que ligava a Grã-Bretanha à parte continental da Europa em um passado remoto. Acredita-se que o pedaço de terra afundou após um tsunami há cerca de oito mil anos. 


Usando dados de magnetometria, o pesquisador Ben Urmston, da Universidade de Bradford, na Inglaterra, procurará anomalias em campos magnéticos do Mar do Norte que podem indicar a presença de características arqueológicas sem escavação. "“Pequenas mudanças no campo magnético podem indicar mudanças na paisagem", afirmou. “Como a área que estamos estudando costumava estar acima do nível do mar, há uma pequena chance de esta análise revelar evidências de atividade de caçadores-coletores. Isso seria o auge", completou.

Doggerland estava entre as áreas mais ricas em recursos naturais e ecologicamente dinâmicas durante os últimos períodos Paleolítico e Mesolítico (20.000 a.C. - 4.000 a.C.). Os únicos artefatos encontrados no local de 185 mil km² foram recuperados por acaso, o que significa que nosso conhecimento sobre os habitantes do continente perdido e seus modos de vida é extremamente limitado. Urmston espera que o uso da magnetometria possa ajudar a desvendar esse mistério. “Também podemos descobrir a presença de sambaquis, que são depósitos de lixo feitos de ossos de animais, conchas de moluscos e outros materiais biológicos, que podem nos dizer muito sobre como as pessoas viviam”, concluiu. 
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