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08/05/2024 às 16h03min - Atualizada em 08/05/2024 às 16h03min

Rússia anuncia que fará exercícios com simulação de armas nucleares

Moscou reage a comentários que sugerem que governos europeus ampliariam suas participações na guerra da Ucrânia

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação
A Rússia anunciou que realizará exercícios simulando o uso de armas nucleares táticas depois que a França e o Reino Unido fizeram comentários na semana passada sobre a ampliação de suas participações na guerra na Ucrânia. Imediatamente o governo Putin afirmou que tais falas eram “perigosas”.

A primeira fala que incomodou o regime russo foi a de Emmanuel Macron, presidente da França, que declarou na quinta-feira passada (01), de acordo com o portal americano Geopolitical Futures, que não descartaria a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia.

Em seguida, o ex primeiro-ministro britânico David Cameron, que atualmente é  Secretário de Estado das Relações Exteriores do Reino Unido, fez uma viagem oficial a Kiev e disse que a Ucrânia poderá usar armas britânicas de longo alcance para atingir alvos dentro da Rússia.

Os dois eventos provocaram uma reação imediata do Ministério da Defesa da Rússia. Através de seu canal oficial no Telegram, que publicou a seguinte nota:

“Por instrução do Comandante Supremo das Forças Armadas da Federação Russa, com o objetivo de aumentar a prontidão das forças nucleares não estratégicas para realizar tarefas de combate, o Estado-Maior iniciou os preparativos para realizar em breve exercícios com as unidades de mísseis do Distrito Militar do Sul, com o envolvimento da aviação, bem como das forças da Marinha.

Durante os exercícios, será realizada uma série de eventos para praticar a preparação e o uso prático de armas nucleares não estratégicas.

Os exercícios visam manter a prontidão do pessoal e equipamento das unidades de uso de combate de armas nucleares não estratégicas para responder e garantir incondicionalmente a integridade territorial e soberania do Estado russo em resposta a declarações provocativas e ameaças de certos funcionários ocidentais dirigidas à Federação Russa.”

Para pôr mais pressão na situação, nesta segunda-feira (06), o comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, disse que a União Europeia abrirá um escritório de inovação militar em Kiev ainda este ano para reforçar a cooperação no setor militar. A afirmação foi feita durante a abertura do Fórum da Indústria de Defesa UE-Ucrânia.

“Abriremos um escritório europeu de inovação militar em Kiev para criar uma ponte entre as startups de inovação europeias e as empresas de armas ucranianas e o exército ucraniano, para que as empresas europeias possam ajudar o exército ucraniano no campo de batalha”, afirmou Breton.
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