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19/03/2024 às 15h02min - Atualizada em 19/03/2024 às 15h02min

Ditadores do mundo inteiro parabenizam "reeleição" de Vladimir Putin

Países como os EUA, Alemanha e Reino Unido afirmaram que a votação não foi livre devido à prisão de opositores políticos e à censura.

Assessoria de imprensa
Ditadores do mundo inteiro parabenizaram a “reeleição” do presidente russo Vladimir Putin, que deve continuar no poder até o ano de 2030. Putin obteve uma ampla vantagem, conquistando quase 90% dos votos, segundo dados oficiais divulgados pelo governo. De acordo com o grupo Golos, responsável pelo monitoramento independente das eleições na Rússia, o pleito presidencial deste ano foi o mais fraudulento e corrupto da história do país.

Um dos primeiros a parabenizar Putin foi o ditador norte-coreano Kim Jong-un, responsável por enviar cerca de 7.000 contêineres com armas à Rússia para operações contra a Ucrânia. “Daremos as mãos firmemente enquanto atendemos às demandas dos tempos para proporcionar um novo ponto de virada para a amizade Rússia-Coreia do Norte, que tem raízes e tradições históricas longas, e avanço para construir uma nação forte”, afirmou Kim Jong-un, segundo a Agência Central de Notícias da Coreia.

Já o déspota Xi Jinping, líder do regime chinês, afirmou que a reeleição “reflete plenamente o apoio do povo russo”. “Acredito que, sob a sua liderança, a Rússia certamente será capaz de alcançar mais conquistas no desenvolvimento e construção nacional”, concluiu. O ditador bielorrusso, Aleksandr Lukachenko, felicitou Putin pela “vitória convincente” e, paralelamente, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse que espera trabalhar junto com o Kremlin para “fortalecer ainda mais a pareceria estratégica comprovada entre índia e Rússia nos próximos anos”.

Segundo a Agência de Notícias da República Islâmica (IRNA, em inglês), o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, “felicitou sinceramente” o eslavo por sua “vitória sólida”. Na América Latina, Nicolás Maduro afirmou que “Putin venceu a guerra e todo o Ocidente” e “está traçando um longo caminho de conquista da nova Rússia para um mundo de equilíbrio”. “Nosso irmão mais velho triunfou, são bons presságios”, destacou. Em seguida, o tirano cubando Miguel Díaz-Canel pontuou que o resultado eleitoral é uma “prova de reconhecimento do povo russo à sua gestão”.

“Continuaremos fortalecendo os laços entre Cuba e a Rússia, em setores identificados para o bem-estar de nossos povos”, alegou.

O sandinista Daniel Ortega entende a vitória de Putin como “uma contribuição para a segurança necessária da comunidade humana”, salientando “as jornadas exemplares e tranquilas eleitorais que aconteceram nesse enorme país amigo”. Enfim, por meio de suas redes sociais, o boliviano Luis Arce disse que o resultado do pleito “reafirma a unidade do povo valente russo em torno de sua soberania e desenvolvimento constante”. “Estamos seguros de que continuaremos a aprofundar nossos laços de fraternidade e cooperação”.

De acordo com o grupo Golos, as eleições russas sequer podem ser consideradas genuínas porque "a campanha ocorreu numa situação em que os artigos fundamentais da Constituição da Rússia, que garantem os direitos e liberdades políticas, não estavam essencialmente em vigor". "Nunca antes vimos uma campanha presidencial que ficou tão aquém dos padrões constitucionais", afirmou o grupo em comunicado divulgado pela CNN.

A comissão eleitoral russa, por sua vez, alega que a votação foi realizada de maneira correta e que havia 250 mil observadores russos, nomeados por candidatos, partidos e organizações sociais, assim como estrangeiros. Países como os EUA, Alemanha e Reino Unido afirmaram que a votação não foi livre devido à prisão de opositores políticos e à censura.

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