AtaNews Publicidade 728x90
13/01/2024 às 08h30min - Atualizada em 13/01/2024 às 08h30min

Cafeterias que disponibilizam animais domésticos e silvestres para interação causam controvérsias entre ativistas dos direitos animais

Interações repetitivas com pessoas podem causar malefícios aos animais

ANDA
Ilustração | Freepik
Misturando delícias e brincadeiras com animais, os “cat cafes” existem desde 1998 e hoje em dia são febre no mundo todo. A prática que já é controversa no meio dos direitos animais, está se tornando ainda mais discutida com a abertura de cafés com outras espécies de animais.

O primeiro “cat cafe”, uma cafeteria com área separada para fazer carinho e brincar com gatos, foi criado em Taiwan e logo se espalhou pelo resto da Ásia. Hoje em dia, eles já se tornaram comuns na Coreia do Sul e, cada vez mais, estão aparecendo cafés com espécies de animais silvestres, como ouriços, cobras, raposas e furões, que fazem muito sucesso entre os clientes.

No entanto, os cafés também têm causado controvérsia entre os ativistas dos direitos animais, que vêm pressionando há muito tempo por restrições mais rigorosas ou até mesmo uma proibição total desses estabelecimentos. A crescente resistência levou o governo sul-coreano a tomar medidas mais rigorosas com um conjunto de novas leis que entraram em vigor em dezembro de 2023, proibindo efetivamente cafés de exibir animais selvagens ao vivo, a menos que estejam registrados como zoológicos ou aquários.

Até as leis serem alteradas, havia poucas regulamentações em vigor. Segundo a lei anterior de proteção aos animais, era ilegal apenas coletar ou comercializar espécies ameaçadas. Isso significava que animais selvagens como guaxinins, gado como ovelhas e outros animais considerados novidades estavam disponíveis para cafés com animais, estabelecimentos que eram protegidos por seu registro comercial oficial como restaurantes ou áreas de descanso.

Relatos da mídia local apontaram que os espaços onde os animais vivem são pequenos e apertados, eles sofrem com estresse causado pelo toque constante e manuseio por parte dos visitantes e apresentam problemas de saúde devido a uma dieta inadequada, muitas vezes com visitantes dando guloseimas aos animais. Além disso, há problemas no cuidado como a falta de higiene.

Muitos estabelecimentos possuem regras, como proibir clientes de pegar determinados animais ou não permitir que crianças abaixo de uma certa idade entrem. Mas nem todos os cafés têm esses sistemas – e os riscos podem ser maiores dependendo da espécie animal, dizem os especialistas.

“Através do contato físico, não apenas os animais são afetados, mas também pode afetar aqueles que os tocam, como a possibilidade de disseminação de doenças zoonóticas. Apesar disso, visitantes e estagiários continuam a tocá-los em busca de uma experiência completa”, disse Jang Ji-deok, representante do Instituto Nacional de Ecologia. “O mesmo vale para alimentar os animais”, acrescentou.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »