Hamilton conta por que mudou de ideia e decidiu ficar na F1 até os 40 anos

Ao longo da temporada de 2023 da Fórmula 1, a novela da renovação de contrato entre Lewis Hamilton e Mercedes tomou conta dos noticiários. Com rumores de que poderia mudar de escuderia, o heptacampeão acabou assinando o prolongamento de seu vínculo com a equipe alemã até o fim de 2025 e garantiu sua permanência na categoria pelo menos até os 40 anos.

Às vésperas de seu 39° aniversário, que acontece no domingo, 7, o britânico contou o que o fez mudar de ideia e permanecer por mais tempo na F1. Em outras ocasiões, ele já havia afirmado que dificilmente chegaria aos 40 anos ainda correndo na categoria mais importante do automobilismo mundial.

"O que você precisa aprender é que nunca se deve dizer nunca. Mas naquele ponto, eu definitivamente não pensei que continuaria. São temporadas muito longas. É muito tempo longe de todos. Faço isso há 16 anos. É cansativo", afirmou Hamilton.

Além do cansaço com calendários cada vez mais extensos, o piloto da Mercedes ainda precisa lidar com as expectativas criadas em cima dele e seus resultados. Segundo Hamilton, para todos que acompanham o esporte é "normal" quando ele vence uma corrida, em contrapartida é alvo de críticas quando não alcança os resultados esperados.

“Há muito brilho e glamour, e muitos pontos positivos, mas não é de forma alguma fácil permanecer no seu melhor, permanecer comprometido, manter o treinamento, continuar a entregar resultados", avaliou.

“É muita pressão. Você está sendo julgado o tempo todo e estou em um ponto da minha vida em que não há como vencer. Se eu vencer uma corrida, é: ‘Ah, ele é heptacampeão mundial, você conseguiu 103 vitórias’. Se eu não me sair bem, é crítica. Só posso perder neste momento da vida. Então, com certeza houve um período em que eu estava me perguntando se queria passar por isso", completou.

Enquanto se prepara para estrear em sua 18ª temporada da F1, Hamilton fez questão de deixar claro que sua paixão pelo automobilismo continua a mesma. Apesar da experiência, o heptacampeão afirmou que o sentimento de entrar no carro é o mesmo desde a primeira vez em que competiu.

“Ainda adoro pilotar, ainda adoro entrar no carro. Quando eles ligam o carro e você tem todas aquelas pessoas ao seu redor, a equipe, você desce o pit lane, ainda tenho esse sorriso no rosto, o mesmo do primeiro dia em que pilotei", concluiu.