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22/12/2023 às 10h36min - Atualizada em 22/12/2023 às 10h36min

Autoridades peruanas resgatam quase quatro mil filhotes de tartarugas que seriam traficadas

O Globo
EFE/Chico Sànchez
Autoridades peruanas apreenderam no Aeroporto Internacional de Lima cerca de 4 mil tartarugas amazônicas, incluindo vários animais de uma espécie ameaçada de extinção, que seriam vendidas ilegalmente na Indonésia. Todas estavam vivas. A informação foi divulgada nessa quinta-feira pelo Serviço Nacional de Florestas e Vida Silvestre (Serfor), do Ministério do Meio Ambiente.

“O Peru não tem nenhuma forma de manejo para fins comerciais” de tartarugas, acrescentou a agência, em um comunicado.

O carregamento incluía filhotes de tartaruga das espécies Tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa) e Tracajá (Podocnemis unifilis), que foram encontrados em pequenos recipientes de plástico transparente dentro de caixas de papelão.

A tartaruga-da-Amazônia, de grandes rios e lagos, é uma espécie listada na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES) e é classificada como “em perigo” de extinção, de acordo com a legislação nacional. Têm casco oval, com manchas escuras e regulares, com cores que variam entre preto, tons alaranjados e marfins. Elas também apresentam desenhos nos rostos que são únicos em cada indivíduo.

As tracajá, por sua vez, são listadas como uma espécie vulnerável. É segunda maior tartaruga de água doce da Amazônia, e o comprimento de sua carapaça pode chegar a 51 cm. Faz parte do cardápio de comunidades ribeirinhas, segundo a Fundação Jardim Zoológico de Brasília.

Os pequenos animais foram levados para um centro de reprodução da Serfor.

O tráfico ilegal de animais silvestres movimenta cerca de US$ 20 bilhões (R$ 97,53 bilhões) em todo o mundo e é considerado um dos quatro crimes mais lucrativos, de acordo com a Interpol. Esse comércio ilegal é uma das principais causas da perda de biodiversidade.

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