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19/10/2023 às 14h44min - Atualizada em 19/10/2023 às 14h44min

Nestlé vai fechar fábrica de fórmulas infantis em meio à queda na taxa de natalidade na China

Empresa vai tentar vender fábrica até final de 2026

Assessoria de imprensa
A Nestlé planeja fechar uma de suas fábricas de fórmulas para bebês, tendo em vista uma queda acentuada na taxa de natalidade na China.
A maior empresa de alimentos do mundo disse ontem quarta-feira (18) que até o primeiro trimestre de 2026 deve fechar sua fábrica de fórmulas infantis Wyeth Nutrition, localizada na Irlanda, a não ser que encontrasse um comprador até lá.

O anúncio proporciona uma nova visão sobre como o declínio da população da China poderá afetar as empresas ocidentais que vendem bens e serviços no país.

O envelhecimento da população já está pesando no crescimento da China e os formuladores de políticas estão preocupados que a redução da força de trabalho possa ameaçar a estabilidade econômica e social a longo prazo.
“O número de recém-nascidos na China diminuiu drasticamente, de cerca de 18 milhões por ano em 2016 para menos de 9 milhões previstos em 2023”, afirmou a Nestlé num comunicado.

“O mercado, que anteriormente dependia de fórmulas infantis importadas, também observa um rápido crescimento de produtos feitos localmente.”

Um centro de pesquisa e desenvolvimento da Nestlé na fábrica irlandesa será fechado um ano antes. O trabalho de ambas as instalações será transferido para locais na China e na Suíça.

Os fechamentos planejados colocam em risco 542 empregos e a empresa disse que iniciaria um “processo de consulta” com os funcionários.

“Paralelamente a esta consulta, permaneceremos negociando com um potencial comprador”, acrescentou a Nestlé.

Dificuldades para Nestlé
As vendas mundiais da Nestlé foram prejudicadas este ano pelo aumento dos preços dos seus produtos, que incluem o café Nescafé e as barras de chocolate KitKat.

O crescimento das vendas nos primeiros nove meses do ano, divulgado pela empresa na quinta-feira (19), ficou aquém das expectativas dos analistas, fazendo com que suas ações caíssem mais de 2%.

As vendas cresceram 7,8% em comparação com o ano anterior numa base comparável ou “orgânica”, o que elimina o impacto de aquisições, movimentos cambiais e outras alterações. Os preços subiram 8,4%.

“O crescimento [das vendas] foi impulsionado pelos preços à medida que continuamos a navegar pelos níveis históricos de inflação”, disse o CEO Mark Schneider em um comunicado.

Numa medida mais simples, as vendas totais caíram 0,4%, para 68,8 bilhões de francos suíços (R$ 388,13 bilhões).

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