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17/10/2023 às 14h11min - Atualizada em 17/10/2023 às 14h11min

Família confirma morte de filha de brasileira que despareceu em Israel

Celeste Fishbein, de 18 anos, era babá e trabalhava em uma pequena comunidade rural; nas redes sociais, a mãe da jovem prestou uma homenagem para a israelense: ‘meu azul agora é um anjo’

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação
A família da israelense Celeste Fishbein, de 18 anos, confirmou nesta terça-feira, 17, a morte da jovem que estava desaparecida desde o dia 7 de outubro quando Hamas atacou Israel. Ela era filha e neta de brasileiros e foi sequestrada pelo grupo terrorista. Segundo familiares, o exército israelense foi até a casa da família para notificar que havia encontrado o corpo da jovem, mas não deram mais detalhes do caso, como quando e onde o corpo foi encontrado.

Nas redes sociais, Gladys Fishbein, a mãe de Celeste, prestou uma homenagem para a filha. “Meu azul agora é um anjo. Uma mulher jovem e pura cuja vida inteira estava diante de mim”, escreveu a mãe de Celeste em uma publicação feita no Facebook. Celeste morava em Kibutz, próximo da Faixa de Gaza , e local em que o Hamas iniciou uma série de ataques, invadiu diversas casas foram invadidas e mataram moradores israelenses. Alguns moradores conseguiram se abrigar nos “bunkers” – estruturas feitas para resistir a projéteis de guerra.

Os familiares de Celeste estavam na casa da vó da jovem, onde promoviam uma cerimônia religiosa. No dia 6 de outubro, um dia antes do ataque Celeste jantou com a avó de 94 anos, a mãe e o irmão. Mas, na sequência, ela foi para casa do namorado.

De acordo com relatos de familiares, em meio aos ataques do Hamas, a jovem chegou a se esconder em um bunker com o namorado e respondeu dizendo que estava bem e ainda alertou os familiares que terroristas estavam disfarçados de militares israelenses e invadindo as casas, mas depois não deu mais notícias a família.

No sábado passado, dia 14 o exército israelense confirmou que ela estava na lista de sequestrados pelo Hamas. Não havia DNA compatível com o de Celeste entre as vítimas do atentado. O namorado dela segue desaparecido. Celeste não tinha nacionalidade brasileira – o pai é israelense – e trabalhava como babá. A mãe dela, Gladys Fishbein, e a avó, Sarah Fishbein, são brasileiras.

Dentro do abrigo, eles trocaram mensagens com ela em um grupo da família. Celeste, que estava na casa do namorado, respondeu dizendo que estava bem e ainda alertou os familiares que terroristas estavam disfarçados de militares israelenses e invadindo as casas. Momentos depois dos ataques, a família perdeu o contato com ela.

A jovem vivia em Israel e trabalhava como babá em uma pequena comunidade rural perto de Gaza. O conflito entre Israel e Hamas chegou ao 11º dia nesta terça-feira, 17, e já deixou mais de 4.200 mortos. Entre eles estão outros três brasileiros. Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos, Bruna Valeanu, de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes, de 42 anos, foram vítimas fatais do atentado terrorista do grupo palestino contra pessoas que frequentavam uma festa rave em território israelense, a cerca de cinco quilômetros de Gaza.

Gladys Fishbein, mãe de Celeste, é prima-irmã de Flora Rosenbaum, brasileira que, em 2001, ficou ferida num atentado, depois que um terrorista suicida detonou uma bomba no momento em que ela passava com a família na frente da pizzaria Sbarro, em Jerusalém.

Um dos mortos no episódio foi o marido de Flora, Jorge Balazs, de 69 anos. Na segunda-feira, 16, Flora publicou um vídeo em suas redes sociais fazendo um apelo pela vida de Celeste. “Mais uma brasileira no meio deles. Ela tem 18 anos, cuida de crianças. Não está fazendo o exército porque ela tem trauma de 12 anos atrás, ela também foi ferida por um foguete que atiraram de Gaza.

Ela ainda tem os estilhaços no corpo. Eu peço que alguém interceda em favor dela”, declarou. O exército de Israel informou que 199 pessoas foram sequestradas pelo Hamas, que na segunda publicou um vídeo  de uma refém israelense de 21 anos capturada em Gaza, a primeira prova viva de um refém. Nas imagens, ela afirmou que “eles” estavam cuidando dela e dando remédios.

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