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06/10/2023 às 11h17min - Atualizada em 06/10/2023 às 11h17min

Buraco na camada de ozônio está três vez maior do que o Brasil, dizem cientistas

Medições de satélite indicam que o rombo sobre a Antártida atingiu um tamanho de 26 milhões de quilômetros quadrados

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Imagem/Divulgação AGÊNCIA ESPACIAL EUROPEIA
Novas medições do satélite Copernicus Sentinel-5P indicam que o buraco na camada de ozônio deste ano sobre a Antártida é um dos maiores já registrados. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o rombo atingiu um tamanho de 26 milhões de quilômetros quadrados em 16 de setembro de 2023. Isso equivale a aproximadamente três vezes o tamanho do território do Brasil.

Variação regular
Segundo os pesquisadores, o tamanho do buraco na camada de ozônio varia regularmente. De agosto a outubro ele aumenta de tamanho, atingindo um máximo entre meados de setembro e outubro. Quando as temperaturas elevadas na estratosfera começam a subir no hemisfério sul, a destruição do ozônio abranda, o vórtice polar enfraquece até ir embora, e no final de dezembro os níveis voltam ao normal. Esse fenômeno tem sido acompanhado mais de perto desde 2017, com o lançamento do satélite Copernicus Sentinel-5P, que monitora a situação. 

Os cientistas da ESA dizem que a variabilidade do tamanho do buraco na camada de ozônio é em grande parte determinada pela força de uma forte faixa de vento que flui ao redor da área da Antártida. Essa faixa de vento é uma consequência direta da rotação da Terra e das fortes diferenças de temperatura entre as latitudes polares e moderadas. Se ela for forte, funciona como uma barreira: as massas de ar entre as latitudes polares e temperadas não podem mais ser "trocadas", permanecendo isoladas nas latitudes polares e esfriando durante o inverno.

Embora ainda seja cedo para determinar a causa do aumento no buraco na camada de ozônio, alguns cientistas especulam que o fenômeno deste ano pode estar associado a uma erupção vulcânica no Japão. “A erupção do vulcão Hunga Tonga em janeiro de 2022 injetou muito vapor d'água na estratosfera que só atingiu as regiões polares sul após o fim do buraco na camada de ozônio de 2022", disse Antje Inness, analista do Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus. Novas investigações serão necessárias para comprovar essa hipótese.
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