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24/08/2023 às 11h34min - Atualizada em 24/08/2023 às 11h34min

Crise argentina causa onda de arrastões em supermercados

Os delitos iniciaram após os comerciantes aumentar os preços dos produtos em 30%.

Assessoria de imprensa
A crise econômica e o aumento da inflação na Argentina agora tem um novo capítulo: uma onda de arrastões em supermercados.

O governo do presidente Alberto Fernández desvalorizou a moeda em 22% na semana passada. Como resultado, os comerciantes aumentaram cerca de mais de 30% nos preços dos produtos.

A inflação na Argentina em 2023 deve alcançar taxas entre 150% a 200%. Para agosto e setembro, os economistas calculam inflação de cerca de 12%.
O fim de semana foi recheado de saques no interior da Argentina. A onda de crimes de assalto aos supermercados chegou agora à capital do país, Buenos Aires.

56 pessoas foram presas na noite da terça-feira 22 e da madrugada desta quarta-feira, 23, em oito municípios próximos de Buenos Aires. No entanto, o número de detidos é praticamente insignificante diante da quantidade de pessoas que têm cometido esses crimes.

O secretário de Segurança da Província de Buenos Aires, Sergio Berni, disse que houve várias tentativas de roubo de forma coordenada a diversos supermercados e lojas, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.

Berni também disse que os saqueadores “fazem maciça campanha por meio das redes sociais” para incitar os crimes. “Nos roubos, usam menores para roubar cigarros e bebidas alcoólicas.”

Quatro helicópteros sobrevoaram os pontos mais sensíveis aos saques na Região Metropolitana de Buenos Aires durante a madrugada. A cidade de Moreno foi onde um dos saques mais violentos ocorreu.

O supermercado Conquista foi rodeado por cerca de 50 pessoas, incluindo crianças, que tentavam invadi-lo e saqueá-lo. O grupo ateou fogo num depósito de botijões de gás e também derrubou um portão de ferro. Os saqueadores também arrombaram as portas metálicas. No meio da confusão, o dono do supermercado levou uma pedrada no rosto.

“Primeiro, roubaram bebidas alcoólicas”, disse Johana, caixa do supermercado. “Depois eletrodomésticos, computadores e geladeiras. Por último, os alimentos. Os ladrões são os mesmos moradores da vizinhança que vêm aqui comprar.”

 
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