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14/08/2023 às 19h10min - Atualizada em 14/08/2023 às 19h10min

Fósseis de baleia de 41 milhões de anos são encontrados em deserto no Egito

Espécie previamente desconhecida foi batizada em homenagem ao faraó Tutancâmon

History
Imagem/Universidade Americana no Cairo
Uma equipe internacional de cientistas encontrou restos de uma espécie de baleia previamente desconhecida que viveu no mar que cobria o que é agora o Egito, há aproximadamente 41 milhões de anos. O animal foi batizado de Tutcetus rayanensis, nome que faz alusão ao faraó Tutancâmon e à área protegida de Wadi El-Rayan, no oásis de Fayoum, onde os fósseis foram localizados. Um estudo sobre a descoberta foi publicado na revista científica Communications Biology. 

Estágio crucial na evolução
Com comprimento estimado em 2,5m e massa corporal de aproximadamente 187kg, trata-se do menor exemplar de basilosaurídeo conhecido até hoje e um dos registros mais antigos dessa família na África. Essas baleias extintas totalmente aquáticas representam um estágio crucial na evolução desses animais. À medida que faziam a transição da terra para o mar, os basilosaurídeos desenvolveram características semelhantes às dos peixes, como corpo aerodinâmico, cauda forte, nadadeiras e barbatana caudal.

Tutcetus rayanensis (Imagem: Ahmed Morsi/Hesham Sallam/Universidade Americana no Cairo/Divulgação)

O espécime encontrado consiste em um crânio, mandíbulas, osso hióide e a vértebra atlas de uma baleia subadulta (que já ultrapassou a fase juvenil mas ainda não atingiu o desenvolvimento próprio de um adulto). "A evolução das baleias de animais terrestres para belas criaturas marinhas representa a jornada da vida, maravilhosa e cheia de aventuras", disse Hesham Sallam, pesquisador da Universidade Americana no Cairo e líder do estudo. "A descoberta do Tutcetus é notável por documentar uma das primeiras fases da transição para um estilo de vida totalmente aquático que ocorreu nessa jornada”, completou.

Por meio de tomografia computadorizada, os pesquisadores fizeram uma análise detalhada dos dentes e ossos do Tutcetus. O rápido desenvolvimento dentário e o pequeno tamanho dos ossos sugerem que a baleia era precoce, o que significa que era capaz de se mover e se alimentar desde o nascimento. Apesar de seu tamanho modesto, os fósseis do Tutcetus forneceram aos cientistas um amplo panorama sobre a história de vida, filogenia e paleobiogeografia das primeiras baleias. 

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