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29/06/2023 às 10h14min - Atualizada em 29/06/2023 às 10h14min

Supervulcão adormecido desde 1538 pode entrar em erupção na Itália

Os Campos Flégreos formam um complexo vulcânico considerado “extremamente perigoso

Assessoria de imprensa
Os Campos Flégreos, um complexo vulcânico localizado no sul da Itália, está exibindo sinais preocupantes de aumento da atividade, de acordo com um estudo recente realizado por pesquisadores da University College London (UCL) e do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV). Terremotos nas proximidades do supervulcão indicam uma maior probabilidade de erupção. A última vez que isso aconteceu foi no ano de 1538.

Aumento de tremores
O estudo, que usou um modelo de fraturamento vulcânico para interpretar os padrões de terremotos e elevação do solo, é o primeiro do tipo a prever uma possível ruptura em um vulcão adormecido. "Nosso novo estudo confirma que os Campos Flégreos estão se aproximando da ruptura", disse Christopher Kilburn, líder do estudo. "Desde a nossa primeira utilização do modelo em 2017, o vulcão tem se comportado como previmos, com um número crescente de pequenos terremotos indicando pressão vinda de baixo", explicou.

O supervulcão não se assemelha a uma típica montanha vulcânica, mas sim a uma depressão com cerca de 12 a 14 quilômetros de diâmetro. Ao seu redor, vive uma população de aproximadamente 360 mil pessoas. O Solfatara, situado a cerca de três quilômetros da cidade de Pozzuoli, perto de Nápoles, é um dos 40 vulcões que compõem os Campos Flégreos. Ele permanece adormecido, mas tem registrado um grande número de pequenos terremotos, indicando um significativo aumento de agitação vulcânica (apenas em abril, houve cerca de 600 tremores).

Os cientistas acreditam que a perturbação em andamento é causada pelo movimento de fluidos a aproximadamente três quilômetros abaixo da superfície, incluindo rocha fundida (magma) e gás vulcânico natural. A atividade sísmica recente e a elevação do solo sugerem que gás magmático está penetrando nas fendas das rochas, preenchendo a espessa crosta como uma esponja. Como resultado, a crosta se estica, levando à ocorrência de terremotos.

Stefano Carlino, coautor do estudo, classifica o complexo vulcânico como "extremamente perigoso". No entanto, os pesquisadores esclarecem que não há necessidade de entrar em pânico, pois uma erupção ainda não é garantida. “A ruptura pode abrir uma rachadura na crosta, mas o magma ainda precisa ser empurrado para o local certo para que ocorra uma erupção”, afirmou Kilburn.

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