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12/10/2022 às 13h21min - Atualizada em 12/10/2022 às 13h21min

Foguete japonês falha durante lançamento de satélite e se autodestrói

Olhar Digital
Foto: Divulgação
Um foguete modelo Epsilon, construído e gerenciado pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), decolou do Centro Espacial de Uchinoura, em Kagoshima, às 21h50 (horário de Brasília) de terça-feira (11), já 9h50 da manhã desta quarta (12) pelo horário local, em uma missão chamada Innovative Satellite Technology Demonstration 3 (Demonstração Inovadora de Tecnologia de Satélite 3, em tradução livre).

Embora tudo tenha saído, inicialmente, conforme o planejado, o lançamento fracassou no começo da terceira etapa do procedimento, levando à ordem de autodestruição enviada ao foguete dez minutos após a decolagem, em razão de “anomalias de posicionamento”, segundo Yasuhiro Funo, diretor do projeto na JAXA.

Em entrevista coletiva concedida logo após o episódio, Funo explicou que um problema técnico foi detectado no momento em que o último propulsor estava prestes a ser acionado. “Ativamos a ordem de autodestruição do foguete, porque se não conseguíssemos colocá-lo na órbita pretendida, não saberíamos para onde iria”. Como consequência, pedaços do foguete caíram no mar, a leste das Filipinas.

Momento da autoexplosão provocada pelo foguete Epsilon-6, do Japão. Imagem: JAXA

Momento da autoexplosão provocada pelo foguete Epsilon-6, do Japão. Imagem: JAXA


Hiroshi Yamakawa, presidente da JAXA, pediu desculpas pelo infortúnio, revelando que a agência estava “extremamente triste” por não ter conseguido atender às expectativas do povo japonês.

Segundo o site de notícias japonês NHK, essa foi a primeira falha do foguete Epsilon, de 24 metros de altura, que estava na terceira missão dedicada ao programa de demonstração de tecnologia de satélites e no sexto voo na contagem geral (cada voo utilizando um modelo distinto do veículo, sendo este último o Epsilon-6).

Ainda de acordo com a publicação, o principal satélite que o foguete estava transportando era o RAISE 3, uma espaçonave de 110 kg embalada com sete cargas de teste de tecnologia.

Essas cargas incluíam dois propulsores experimentais, um dos quais foi projetado para usar água como combustível; uma “vela de arrasto” desorbitadora; uma estrutura geradora de energia implantável que também pode servir como antena; tecnologia de telecomunicações; um receptor de software de alta velocidade e uma unidade de processamento gráfico comercial. Cinco pequenos cubesats também voavam como cargas de carona.


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