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30/03/2021 às 14h22min - Atualizada em 30/03/2021 às 14h22min

Cientista cria motor capaz de levar humanos a Marte até 10 vezes mais rápido

Projeto inovador encurtaria consideravelmente as viagens interplanetárias

HISTORY
Foto: Imagem Ilustrativa
A cientista iraniana Fatima Ebrahimi desenvolveu um novo protótipo de motor de fusão que utilizaria os mesmos princípios das explosões solares para impulsionar as naves espaciais até 10 vezes mais rapidamente. Seu possível uso permitiria viajar para Marte e colonizar parte do Sistema Solar em tempo recorde, transformando o homem em uma espécie interplanetária.

Viagem rápida para Marte

Atualmente, estima-se que uma viagem a Marte pode demorar de cinco a sete meses, uma travessia considerada muito longa. Com a utilização desse novo motor, o tempo seria reduzido de forma considerável, fazendo com que a possibilidade de os seres humanos chegarem ao Planeta Vermelho ou às luas de Júpiter e Saturno seja real.



Motor de fusão nuclear

No estudo, publicado no Journal of Plasma Physics, Ebrahimi propõe a utilização do princípio de reconexão magnética, um fenômeno que acontece em todo o universo, inclusive na superfícies do Sol. Nele, linhas de campos magnéticos coincidem para se separar de repente e se unir novamente, gerando plasma, produzindo grandes quantidades de energia. Isso poderia representar um enorme avanço em relação aos atuais propulsores, que oferecem pouco impulso e velocidade.

“As viagens de longa distância levam meses ou anos porque o impulso específico dos motores de foguetes químicos é muito baixo, então a nave demora um pouco para ganhar velocidade”, disse Ebrahimi, doutora em física do plasma pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. “Mas se fizermos propulsores com base na reconexão magnética, poderemos concluir missões de longa distância em um período de tempo mais curto”, completou.



Não é a primeira proposta de motores de plasma para propulsão. Existem alguns que utilizam campos elétricos para expulsar os íons de plasma que usam diferentes combustíveis. Também há motores de íons, como o que a NASA utilizará em sua sonda Deep Space I, que também utiliza campos elétricos para acelerar e expulsar elétrons de gases pesados, como o xenônio.
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