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05/08/2020 às 09h52min - Atualizada em 05/08/2020 às 09h52min

Explosão em Beirute: Nitrato de amônio pode ter causado incidente

Ao menos 100 pessoas morreram. Governo do Líbano decretou luto nesta quarta (5).

Huff Post
Foto: Divulgação
Uma grande explosão atingiu a região portuária de Beirute nesta terça-feira (4). O incidente acarretou o desabamento de sacadas e ruptura de janelas devido a seu forte impacto. O Ministério da Saúde do Líbano reporta ao menos 100 pessoas mortas e aproximadamente 4 mil feridas.

O chefe de segurança nacional do Líbano, Abbas Ibrahim, afirmou que a explosão inicial não foi um bombardeio. Mídias estatais libanesas chegaram a dizer que o princípio de incêndio foi dentro de uma instalação com fogos de artifício, mas Ibrahim descartou essa hipótese.

Ele afirmou primeiramente que o fogo começou dentro de um armazém onde havia “materiais altamente explosivos”. Na verdade, a principal suspeita é de que o incidente aconteceu em um local com toneladas de nitrato de amônio — acondicionadas sem segurança.

O nitrato de amônio é um tipo de fertilizante que não pode ser aquecido, senão há risco de explosões. O produto já esteve relacionado a outras tragédias na Europa e Ásia.

“Vi uma bola de fogo e fumaça subindo sobre Beirute. Pessoas estavam gritando e correndo, sangrando. Sacadas foram arrancadas de edifícios. O vidro dos prédios se partiu e caiu nas ruas”, disse uma testemunha da Reuters.

“Um vídeo que recebi pelo WhatsApp da escala da explosão de #Beirute, confirmando que foi no porto”, diz o tuíte acima.

O primeiro-ministro do Líbano, Hassam Diab, decretou luto nacional nesta quarta-feira (5).

Segundo a emissora local LBC, o ministro da Saúde disse que havia um “número muito alto” de feridos e uma grande quantidade de danos.

Outra testemunha da Reuters disse que viu uma fumaça cinza pesada perto da área do porto e depois ouviu uma explosão e viu chamas de fogo e fumaça preta: “Todas as janelas do centro da cidade estão quebradas e há feridos andando por aí. É um caos total”.

A explosão foi sentida até em Chipre, ilha que fica a mais de 200 quilômetros do Líbano.

O governador de Beirute, Marwan Abboud, classificou o incidente de “catástrofe nacional” e questionou se o Líbano tem força para se recuperar da tragédia.
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