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11/09/2024 às 06h16min - Atualizada em 11/09/2024 às 06h16min

Investigado em lavagem bilionária de dinheiro ligada à extração ilegal de ouro tem coleção de animais empalhados; Ibama apura procedência

Os animais empalhados foram encontrados na casa do suspeito, localizada em um condomínio de luxo em São José do Rio Preto (SP), na manhã desta terça-feira (10). De acordo com o Ibama, 12 deles estão em situação irregular.

G1
Animais empalhados são encontrados durante operação da Polícia Federal (PF) em São José do Rio Preto (SP) — Foto: Divulgação / Polícia Federal
A Polícia Federal encontrou uma coleção de empalhados na casa de um empresário que é investigado na operação para combater uma lavagem bilionária de dinheiro ligada à extração e comércio ilegal de ouro em garimpos do Mato Grosso e Pará. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São José do Rio Preto (SP), na manhã desta terça-feira (10).

Ao chegarem ao imóvel do suspeito, os policiais federais encontraram várias espécies de animais empalhados como leão, girafa, hipopótamo, entre outros.

Diante da situação, equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e da Polícia Ambiental foram acionadas e constataram que havia 19 animais empalhados, 12 estão sem documentação adequada.

Ainda segundo a PF, eles foram importados da África. Por não fazerem parte da fauna brasileira, os animais podem ser armazenados no Brasil, desde que sejam seguidos trâmites rigorosos junto aos órgãos de proteção ambiental. Com autorização do Ibama, da Receita Federal e da Vigilância Sanitária, é possível fazer uma importação legalizada.

Na África, a caça desses animais é permitida, desde que eles não estejam em extinção. Os 12 animais que estão sem documentação legalizada serão apreendidos pelo Ibama.

Os bichos estavam na casa do investigado, de 49 anos, que fica localizada em um condomínio de luxo da cidade.

O empresário estava viajando no momento da apreensão, por tanto, não foi localizado no imóvel.

Armas e munições também foram apreendidos na casa dele. De acordo com a polícia, o empresário é caçador profissional e alguns dos animais foram caçados por ele.

Ainda segundo a PF, o investigado mantinha uma empresa de fachada onde realizava venda de ouro de forma ilegal em São José do Rio Preto.

Mais R$ 3 bilhões foram movimentados por grupo que lavava dinheiro da extração ilegal de ouro, diz PF

A operação
A Polícia Federal fez uma operação na manhã desta terça-feira (10) para combater uma lavagem bilionária de dinheiro ligada à extração e comércio ilegal de ouro em garimpos do Mato Grosso e Pará. Mandados foram cumpridos em São José do Rio Preto (SP) e na capital paulista.

Conforme a PF, a movimentação de recursos financeiros sem origem lícita foi de aproximadamente R$ 3 bilhões somente nos últimos quatro anos.

Ainda segundo a PF, cerca de 60 policiais federais foram às ruas para cumprir nove mandados de busca e apreensão em Rio Preto e um em São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, resultando na operação, chamada de Aqua Fortis.

A investigação da Polícia Federal identificou um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresários que comercializavam ilegalmente ouro com a utilização de vários artifícios criminosos, entre eles a criação de empresas de fachada e a utilização de “laranjas” para ocultar a origem ilícita dos recursos bilionários movimentados nas contas dos investigados.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens dos investigados até o montante de R$ 1,3 bilhão. Entre os bens bloqueados estão imóveis, veículos, além de ativos financeiros identificados no decorrer das investigações.

Um dos investigados na operação é caçador profissional e teria em sua residência objetos relacionados à caça, que também estão sendo alvo das buscas com o apoio de equipe de fiscalização do Ibama.

Todo o material apreendido será levado até a delegacia da PF em São José do Rio Preto para ser analisado.

Os investigados poderão responder pelos crimes de extração e comércio ilegal de ouro e lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No total, 1,6 kg de ouro e R$ 73 mil em espécie foram apreendidos durante os trabalhos.

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