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15/08/2024 às 16h10min - Atualizada em 15/08/2024 às 16h10min

Nova descoberta aprofunda o mistério que envolve Stonehenge, na Inglaterra

Análises indicam que a Pedra do Altar veio de um local distante, mas não se sabe como e nem por que ela foi transportada até o monumento

History
Foto: Universidade Aberystwyth
Formado por blocos gigantescos de arenito, o monumento pré-histórico de Stonehenge, na Inglaterra, continua a ser um dos grandes enigmas da humanidade. Agora, uma nova descoberta aprofunda ainda mais o mistério que envolve o local, erguido há cerca de cinco mil anos. Segundo os pesquisadores, a Pedra do Altar, situada no círculo interno da estrutura, veio de um lugar muito distante. 

Sociedade neolítica conectada
Um novo estudo, publicado na revista Nature, revela que a Pedra do Altar veio do extremo norte da Escócia, em vez do sudoeste do País de Gales, como se pensava anteriormente. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram a idade e a composição química dos minerais de fragmentos do bloco de arenito. Os resultados mostram que a composição do bloco é muito semelhante com a de pedras originárias de um local do território escocês conhecido como Bacia Orcadiana. 


Stonehenge fica a cerca de 700 quilômetros do local da Escócia de onde a Pedra do Altar teria vindo. Segundo os autores do estudo, essa distância é a mais longa registrada para o transporte de qualquer pedra utilizada em um monumento do período neolítico. Como o bloco de pedra mede cerca de 6,5 metros de comprimento e pesa aproximadamente seis toneladas, os pesquisadores não sabem como e nem por que ele foi transportado.

Enquanto isso, as pedras restantes na porção central de Stonehenge, conhecidas como pedras azuis, são do País de Gales, e a maiores, no círculo externo, têm origem na Inglaterra. Isso sugere que os povos que viviam na Grã-Bretanha naquela época eram muito mais conectados e avançados do que as evidências anteriores indicavam.

“Considerando as limitações tecnológicas do neolítico, nossos resultados levantam questões fascinantes sobre como uma pedra tão massiva foi capaz de ser transportada pela vasta distância presumida. Dada a presença de grandes barreiras terrestres no percurso do nordeste da Escócia até a Planície de Salisbury (onde fica Stonehenge), o transporte marítimo é uma opção viável”, disse Anthony Clarke, líder do estudo e pesquisador da Universidade Curtin, na Austrália.

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