Maduro entra em contato com assessoria de Lula e pede telefonema com o petista

O ditador venezuelano Nicolás Maduro entrou em contato com a assessoria de Luiz Inácio Lula da Silva para solicitar um telefonema com o petista. Apesar de não constar na agenda oficial do governo brasileiro, a expectativa é que os políticos se comuniquem ao longo desta quinta-feira (1º). Ainda ontem, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor internacional de Lula, Celso Amorim, se reuniram no Itamaraty para discutir a formulação de um possível comunicado conjunto entre Brasil, México e Colômbia, cobrando o regime chavista pela divulgação dos dados eleitorais. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.

Nesta quarta-feira (31), Lula, junto com outros 10 líderes mundiais, optou pela abstenção na votação da resolução proposta pela Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre os resultados das eleições na Venezuela. O documento solicitava a divulgação imediata dos resultados por mesa eleitoral e uma verificação completa com a presença de observadores independentes para assegurar a transparência e a legitimidade do processo eleitoral. Além disso, destacava a importância de proteger os direitos humanos na Venezuela, a integridade dos equipamentos e documentos eleitorais, e a segurança das instalações diplomáticas e do pessoal no país.

Em entrevista à TV Centro América nesta terça-feira (30), o petista argumentou que a “briga” vivenciada no país apenas será resolvida quando o regime apresentar as atas do pleito. “Tem uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça tomar o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, disse. Os presidentes Gustavo Petro, da Colômbia, Andrés Manuel López Obrador, do México, e Lula são as principais figuras que ainda mantêm uma boa interlocução com o regime venezuelano. Diante deste cenário, aliados do petista esperam que ele atue como mediador junto a Maduro.