ReproduçãoApesar de ter sido um ano difícil para novos filmes, a plataforma que adicionou mais títulos ao seu catálogo em 2023 foi a Netflix, oferecendo aos usuários uma ampla variedade de conteúdos, incluindo fortes candidatos ao Oscar de 2024, como Maestro; obras de animação brilhantes, como Nimona; e épicos galácticos, como Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo. Mas nenhum deles gerou tanto impacto quanto o documentário De Tirar o Fôlego.
Produzido pela A24 e dirigido por Laura McGann, o filme é uma mistura de imagens reais e de arquivo que destaca um dos esportes radicais mais mortais: o mergulho livre, no qual os nadadores descem grandes distâncias sem precisar de equipamento de oxigênio, o que representa um grande risco. Embora a premissa não pareça muito atraente, ele chamou a atenção do público por causa de sua história trágica.
Um filme de quase duas horas que conseguiu assustar e comover o público. Inspirado em fatos reais, ele acompanha a campeã italiana de mergulho Alessia Zecchini, que, junto a seu fiel treinador e especialista em segurança Stephen Keenan, quer fazer história e quebrar o recorde de mergulho livre. Mas o perigo envolvido no esporte colocará os dois em uma situação terrível e trágica.
Se há algo a destacar é a incrível fotografia, com planos lindamente elaborados e emocionalmente carregados que podem ir de relaxantes a aterrorizantes em questão de segundos. O design de som também é muito importante, pois busca imergir o público nessa experiência, brincando com os silêncios, que às vezes são interrompidos pelo batimento cardíaco dos mergulhadores.
De Tirar o Fôlego é uma das maiores estreias da Netflix e foi muito bem recebida pelo público, pois não demoniza nem glorifica o esporte, mas apenas mostra os riscos e também as satisfações de praticá-lo.
