Lâmpadas que acendem por comando de voz, secretárias robôs, videoconferência e fechaduras eletrônicas eram apenas um sonho para jovens e adultos da década de 60. O desenho
Os Jetsons mostrava uma outra realidade futurística difícil de ser alcançada. Entretanto, com o avanço da tecnologia, o futuro se tornou o nosso presente e atende pelo nome de
smart house.
As casas inteligentes, ou smart houses, são residências que juntam sistemas de segurança, iluminação e eletrodomésticos em um mesmo comando – de voz ou aplicativos – e que conversam entre si para trazer mais acessibilidade e facilidade para a vida doméstica.
Com a pandemia do novo coronavírus e o isolamento social, estudantes e trabalhadores tiveram de transformar suas casas em escolas e escritórios, e o passar do tempo só reforçou uma tendência em ascensão desde 2019: a busca por rotinas mais simples e residências mais seguras, acessíveis e confortáveis. Então, as smart houses se tornam uma opção.
A procura por este tipo de tecnologia aumentou em 2017, com o boom do IoT (Internet of Things), ou Internet das Coisas, que são dispositivos inteligentes que respondem aos comandos de voz e realizam tarefas do cotidiano.
Entre o primeiro e o segundo trimestres de 2020, houve um crescimento massivo no número de casas inteligentes no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside). Hoje em dia, há cerca de 900 mil a 2 milhões de
casas inteligentes no país, representando quase cinco vezes mais do que em 2015.
O aumento deve-se ao fato de o recurso da
inteligência artificial estar cada vez mais acessível. Muitas pessoas começam devagar, fazendo pequenas alterações em cômodos isolados e, gradativamente, vão tornando a casa toda automatizada. As residências conectadas podem ser discretas e acessíveis.
O aumento da demanda por produtos inteligentes gerou uma queda nos preços. Podemos encontrar itens por menos de R$ 50. Com o crescimento de empresas e investidores no setor, espera-se que a automação seja cada vez mais acessível.
A tecnologia tornou-se o grande aliado para a eficiência no home office, tanto para a empresa, como para o empregado. O teletrabalho exige que o ambiente seja minimamente confortável, e algumas funcionalidades são procuradas. Confira.
Temperatura Estudos apontam que até mesmo a temperatura do ambiente afeta a produtividade do trabalhador – o ideal é manter entre 21 e 26 graus. O uso de tomadas inteligentes ajuda a automatizar o termostato e o ar-condicionado e controlar a temperatura, basta apenas
conferir sempre se os aparelhos estão funcionando bem.
Iluminação As lâmpadas inteligentes obedecem comandos de voz e de aplicativos. Elas regulam intensidade de luz, cor e ajudam a tornar o ambiente mais agradável.
Áudio e TV Estar em casa acaba gerando maior cansaço mental dos trabalhadores e também acaba sendo bem mais fácil ter alguma distração. Para evitar desvios de foco, os dispositivos automatizados atrelados a celulares, tvs e computadores ajudam a bloquear certas funções que possam gerar distrações.
Fechaduras inteligentes Apesar de ser necessário um esforço maior para a instalação, elas são essenciais para maior segurança da residência.
Além de todas essas opções, uma casa automatizada ajuda a ter uma visão mais ampla de gastos de energia e seus respectivos custos, e pode ser de grande eficiência com as medidas sanitárias contra a Covid-19, já que a maioria dos comandos é feita por assistentes de voz ou programação, evitando o contato físico.
Para os idosos, as smart homes simbolizam autonomia e auxiliam o dia a dia, com as lâmpadas que acendem automaticamente ao sentir movimentos e as secretárias eletrônicas que monitoram a saúde e os remédios a serem tomados.
É importante comprar equipamentos que sejam compatíveis com o sistema, e, antes de automatizar a sua residência, deve-se realizar uma revisão completa da instalação elétrica, para não gerar danos aos dispositivos.