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29/10/2020 às 08h16min - Atualizada em 29/10/2020 às 08h16min

Ato de motoristas de aplicativo reúne dezenas de pessoas no antigo prédio da estação ferroviária

Portal LR1
PARALISAÇÃO - Motoristas que participaram do ato ficaram com plataformas desligadas até às 10h de ontem. ( Foto: Reprodução Portal LR1)
Os motoristas de aplicativo de Araçatuba aderiram, na manhã de ontem, a uma mobilização nacional por melhores condições de trabalho e maior segurança. Dezenas de trabalhadores desligaram suas plataformas, estacionaram seus veículos em frente à loja Havan e fizeram uma manifestação pacífica no prédio da antiga estação ferroviária, localizado na avenida dos Araçás.

O manifesto começou pouco antes das 10h e terminou próximo das 12h e contou com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Segundo os organizadores, o objetivo do ato foi chamar a atenção de usuários para as dificuldades vividas pelos motoristas.

De acordo com a PM, o ato reuniu cerca de 60 pessoas, enquanto os organizadores falam em até 100 trabalhadores na manifestação. No período em que ocorreu o ato, motoristas que estavam parados sinalizavam para outros que passavam pela avenida para que parassem e desligassem suas plataformas.

Uma das reivindicações dos motoristas é a mudança no valor da tarifa, que atualmente é de R$ 0,93 por quilômetro rodado. Outra reclamação é o valor da comissão paga pelos motoristas às operadoras, que fica entre 20% a 42% do valor da corrida.

Para o motorista Tiago dos Reis, um dos entusiastas do manifesto em Araçatuba, o valor pago por quilômetro deveria ser dobrado e a tarifa deveria ser fixada em, no máximo, 15% por corrida.

“Hoje a gente paga 3 vezes mais o valor do seguro de um carro, a gasolina está subindo a cada 15 dias, hoje a manutenção do carro tem que estar impecável, o carro tem que estar limpo, então é um custo muito grande pra gente arcar, isso fica inviável para a categoria”, afirmou em entrevista durante o ato.

Reis também lembra que as operadoras só realizam o pagamento enquanto o passageiro está dentro do carro, porém não cobrem o trajeto feito pelo motorista para buscar o cliente.

“Se eles mandam corrida de 7km e não remunera como que a gente vai trabalhar, a gente está pagando para trabalhar”, reclamou.

Outra reclamação é relacionada à segurança. Os motoristas querem que, assim como os passageiros tenham todos os dados do motorista, como nome, foto e placa do carro, os trabalhadores também tenham informações sobre o passageiro.

“As operadoras não são pró-motorista, são sempre pró-passageiro, hoje o passageiro não paga a corrida a operadora não faz nada, hoje o nosso carro é sujado e quebrado e ela não faz nada, o passageiro assalta e mata um motorista e as plataformas não fazem nada. É por melhorias assim que estamos reivindicando a atenção das plataformas hoje”, reclamou Tiago dos Reis.

O banimento de trabalhadores por não aceitar ou por cancelamento de corridas também foi outra reclamação feita pelos motoristas na manhã de ontem.

De acordo com Tiago dos Reis, todos os motoristas que participaram do ato seguirão com as suas plataformas desligadas até às 10h desta quinta-feira, totalizando 24 horas de paralisação.

Atualmente, Araçatuba possui cerca de 900 motoristas dos mais diversos aplicativos como Uber, 99, Odicar, Tô Indo, In Driver, Mobbi Brasil, dentre outros.

Mais caro

Enquanto os motoristas que participavam da manifestação faziam suas reivindicações, aqueles que seguiram o trabalho se beneficiaram. Na Uber, por exemplo, uma corrida chegou a custar 2,5 vezes mais do que o normal pelo número menor de motoristas disponíveis.

INSATISFAÇÃO – Mais segurança e taxas mais adequadas são algumas das pautas reivindicadas
*matéria cedida pelo Portal LR1

 
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