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27/03/2018 às 14h56min - Atualizada em 27/03/2018 às 14h56min

Ibama apreende 335 chifres de cervo e facas de marfim no Distrito Federal

Os materiais apreendidos serão submetidos à perícia para que a origem deles seja identificada.

ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais
Os itens foram apreendidos durante uma feira de cutelaria (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Uma ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), resultou na apreensão de 335 chifres de cervo e três facas com cabo de marfim e bainha com textura de pele de elefante em uma feira de cutelaria na EPIA Sul, no Distrito Federal.

O chefe da fiscalização do Ibama, Roberto Cabral, afirmou que os materiais apreendidos serão submetidos à perícia. O objetivo é identificar a origem dos chifres e do marfim, já que os feirantes não tinham documentação. A suspeita é de que o marfim seja de elefantes da África e os chifres de uma espécie de cervo típica da Ásia.

O comerciante que vendia as facas e a pele de animal afirmou “disse à Polícia [Civil] que a maior parte do marfim comercializado é do mercado ilegal, mas não falou sobre as dele”, segundo Cabral. Ele foi multado em R$ 17 mil.

O vendedor dos chifres, entretanto, não recebeu nenhuma multa. Isso porque não foi possível esclarecer qual a espécie do cervo morto para retirada dos chifres. Segundo o chefe do Ibama, a legislação brasileira sobre introdução de espécies exóticas no país varia conforme a espécie. As informações são do portal G1.

Os comerciantes assinaram termo de compromisso com a Justiça e irão responder ao processo em liberdade.

O caso será levado ao Ministério Público, segundo Cabral, Ibram e a PM Ambiental, que coordenaram a ação. De acordo com Cabral, as pessoas podem pensar que três facas é muito pouco, mas se todos os países combatessem o tráfico de itens feitos a partir de partes de corpos de animais silvestres mortos, “isso reduziria a matança de elefantes na África”.

Nota da Redação: é preciso que a legislação seja eficaz no combate ao tráfico de animais e de itens produzidos a partir de partes de seus corpos e, para isso, é urgente que seja feita uma revisão nas leis, tornando-as mais severas. Entretanto, para que o tráfico seja, de fato, combatido, não basta apenas focar nas penalidades recebidas pelos traficantes ao cometerem crimes ambientais, mas também na necessidade de conscientizar a população acerca dos direitos animais.

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