Foto: DivulgaçãoMorreu na manhã desta sexta-feira (16), em Araçatuba, o carnavalesco Osvaldo Souza Rodrigues, o Coro, aos 68 anos de idade. Ele sofreu um infarto enquanto tomava café e fumava um cigarro no quintal de sua casa, no bairro São José. Um sobrinho que morava com ele chegou a chamar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas Coro já estava sem vida.
Funileiro e pintor de carro, coro se aposentou por idade, mas gostava mesmo era do carnaval. Amava a festa e, por isso, fundou a escola de samba os Caprichosos no dia 10 de março de 1993 – por ironia, o carnavalesco falecera seis dias após a agremiação completar 25 anos de fundação.
O primeiro prêmio veio em 1996, com o enredo “Acredite Se Quiser, Carnaval no Espaço”. Depois, foram mais seis títulos conquistados, sempre sob a batuta de Coro, que vivia para a escola e tomava conta de tudo, desde a construção dos carros alegóricos até a formação da bateria.
Também realizava muitos eventos para angariar recursos para a escola, como apresentações e feijoadas. Sua maior tristeza, segundo Cleber Arthur de Souza, filho de Coro que o ajudava na agremiação, era o fim do carnaval da cidade, que desde 2016 não realizava mais os tradicionais desfiles de escola de samba. “Ele estava muito entristecido, dizia que não tinha mais alegria”, conta Cleber.
O ex-secretário municipal de Cultura de Araçatuba, Hélio Consolaro, diz que Coro era o mais animado dos presidentes das escolas de samba de Araçatuba. “Era o mais brincalhão”, afirma. Consolaro lembra que coro era também um exímio baterista. “Sua bateria era insuperável, era um percussionista bem hábil”, avalia.
Coro era divorciado e deixa seis filhos, 18 netos e dois bisnetos. O velório de Osvaldo Souza Rodrigues está marcado para às 17h30, na capela da funerária Cardassi da avenida Prestes Maia. A família ainda não definiu onde será o sepultamento, que deverá ser realizado na manhã deste sábado (17).
