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18/11/2019 às 08h52min - Atualizada em 18/11/2019 às 08h52min

Prematuridade:Cresce a taxa de sobrevida e qualidade de vida de pacientes da Santa Casa de Araçatuba

Santa Casa de Araçatuba
Foto: Divulgação
A sobrevivência de bebês que nascem com menos de 28 semanas e, em muitos casos, pesando em gramas é um dos desafios que pediatras neonatologistas e intensivistas neonatais, equipes de enfermagem e profissionais multidisciplinares enfrentam diariamente no Serviço de Neonatologia Intensivista e Pediátrico   da Santa Casa de Araçatuba, que compreende desde as salas de partos às duas unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica.

Referência do SUS para 40 cidades da região, os hospitais mantêm 22 leitos para pacientes neonatais e pediátricos, 10 dos quais exclusivos a bebês com até 30 dias de vida, e 12 leitos de terapia semi-intensiva neonatal.  A instituição, também   é o único serviço avançado e referenciado do SUS na região tanto para gestantes de alto risco quanto para bebês que nascem nesses partos e precisam de internação imediata em leitos intensivos.

A média mensal no hospital é ocupação de 12 leitos intensivos, do total de 22, por bebês prematuros. De acordo com o neonatologista e intensivista pediátrico Anderson Azevedo Dutra, coordenador técnico do Serviço, a incidência de prematuridade extrema “é altíssima na região”. O quadro, de acordo com Dutra, é decorrente “da carência no atendimento primário em pediatria na região e da baixa cobertura de pré-natal”.  As consequências desta deficiência, de acordo com o especialista, são visíveis na maioria dos casos de “bebês e crianças de menos de dois anos com doenças respiratórias que necessitam frequentemente de hospitalização”.

A estrutura que a Santa Casa de Araçatuba disponibiliza para atender esses pacientes, que dependem de excelência médica e tecnologia até para aprender a respirar, é avançada e tem conseguido manter taxa de sobrevida comparável aos índices internacionais e dos serviços de referência no país. “Hoje, 90% dos bebês que nascem acima de 28 semanas sobrevivem e estão tendo uma ótima recuperação, sendo que as taxas nacionais giram em torno de 90% acima de 30 semanas”, informa Dutra.

O coordenador   do Serviço de Neonatologia   destaca, que tão importante quanto elevar as taxas de sobrevida é conseguir melhorar a taxa de sobrevida sem sequelas e com qualidade de vida dos bebês pós-internação. “A gente vê a cada dia um número maior de bebês que nasceram muito pequenos e com baixa idade gestacional mas que estão atingindo as várias fases da infância com desenvolvimento normal, com bom rendimento na vida escolar, enfim, sem nenhuma sequela da prematuridade”.

As duas unidades de terapia intensiva neonatal e a semi-intensiva da Santa Casa de Araçatuba   aliam equipamentos adequados para monitoração contínua, corpo clínico constituído por intensivistas neonatais titulados pelas sociedades brasileiras de Neonatologia e Pediatria, e suporte de médicos de especialidades de alta complexidade, como cirurgiões pediátricos, neurologistas, cardiologistas e anestesistas.

Dentre os avanços tecnológicos, os destaques são o BabyPap, CPAP (equipamento de pressão positiva contínua nas vias aéreas) que estabiliza o sistema respiratório do bebê, mantendo-o estável até ser transportado para o local de internação, e o BabyPuffy, ventilador que auxilia o reanimador (médico ou enfermeiro) a manter o paciente ventilado de maneira técnica e segura. Os equipamentos aumentam a segurança nos procedimentos de reanimação realizados na própria sala de parto até que os bebês sejam levados a outra unidade do hospital caso a internação seja necessária.  

A estrutura de atendimento aos prematuros, também inclui equipes de enfermagem e profissionais multidisciplinares, dentre os quais fisioterapeutas treinados em fisiologia respiratória, e a rede de serviços de Medicina Diagnóstica do hospital completam a estrutura. “Trata-se de uma estrutura capacitada para atender aqui na região casos de extrema complexidade com a mesma qualidade dos grandes centros de neonatologia intensivista”, afirma Dutra.
 
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