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04/03/2019 às 11h52min - Atualizada em 05/03/2019 às 15h00min

Tubarão de 400 anos é o animal mais velho do mundo

Animal mais velho do mundo pode ser um tubarão de 400 anos, considerado o vertebrado vivo mais antigo do Planeta Terra.

ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Divulgação

Estamos a todo momento tentando desvendar o nosso próprio passado, sem perceber, que muito dele foi visto pelos olhos de criaturas ainda vivas. Existem animais que vivem mais de um século, ou muito mais que isso.

Quer um exemplo? As tartarugas da Ilhas Galápagos podem chegar a viver 170 anos de idade. Mas acredite, esse não é o teto máximo. O ser humano descobriu qual é o animal mais velho do mundo, e vai contar para vocês.

Os Tubarões-da-Groenlândia são os animais vertebrados mais velhos do mundo. Eles crescem cerca de 1 cm por ano, e só atingem a maturidade sexual aos 150 anos. Os pesquisadores só conseguiram identificar isso através da datação por radiocarbono, determinando as idades de 28 desses animais. Eles conseguiram estimar que uma fêmea morta recentemente tivesse cerca de 400 anos.

O recorde anterior era o de uma baleia-da-Groenlândia (Balaena mysticetus) com idade estimada de 211 anos. Mas a coisa ficaria feia se os invertebrados entrassem no jogo. Nessa competição, o título ficaria com um molusco de 507 anos conhecido como Ming, que teria vivido de 1499 a 2006.

Julius Nielsen, biólogo marinho na Universidade de Copenhague, junto a outros autores, escreveu um artigo sobre o tema na revista científica Science. “Sabíamos que estávamos lidando com um animal incomum, mas acho que todos na equipe ficaram muito surpresos de saber que são tão velhos”, afirmou o cientista.

Somniosus microcephalus, o tubarão-da-Groenlândia, pode chegar a medir até cinco metros de comprimento. Eles nadam lentamente nas águas geladas e profundas do Atlântico Norte.

Agora que foi descoberto a idade real desses animais, a sua existência corre perigo, devido a caça e pesca. Além disso, os tubarões-da-Groenlândia ainda podem estar se recuperando de um período de pesca excessiva após a Segunda Guerra Mundial. Os fígados dos tubarões eram usados para óleo de máquinas, e eles foram caçados em grande escala até o desenvolvimento de uma alternativa sintética reduzir a demanda pelo animal.

“Quando você avalia a distribuição da espécie pelo Atlântico Norte, é bem raro ver fêmeas em idade reprodutiva, e mais raro ainda encontrar recém-nascidos ou indivíduos juvenis”, afirmou Nielsen. “Parece que a maioria é subadulta. E isso faz sentido: se você teve toda essa pressão de pesca, todos os animais mais velhos não estão mais por aqui. E não há muitos indivíduos aptos a reproduzir. Ainda existe, porém, uma boa quantidade de ‘adolescentes’, mas ainda levará mais cem anos para se tornarem ativos sexualmente”, completou.
 


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