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29/01/2019 às 09h32min - Atualizada em 29/01/2019 às 09h32min

Prefeitura avança na implantação de Parque Tecnológico

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
A Prefeitura de Araçatuba, tendo recebido da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento a cessão de uso do prédio do antigo Terminal de Grãos do município, prepara agora a fase de licitação para estudos de viabilidade técnica à implantação de um parque tecnológico no local.

O prefeito de Araçatuba, Dilador Borges, classifica o processo de implantação do parque tecnológico como um caso de resgate. “O convênio, para o qual já até havia sido feito aditamento, foi perdido em 2015 e recuperamos em 2017. Fomos a São Paulo e articulamos esse processo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, à época com o governador Geraldo Alckmin e o subsecretário Marcelo Strama, e fizemos o aditamento do processo do parque tecnológico. Com isso, nós conseguimos fazer a licitação, a ser realizada em 1º de fevereiro”, descreve.

Celso Gatto, assessor executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Relações do Trabalho (SMDERT) de Araçatuba, relembra que em 5 de julho de 2018 foi feita a cessão de uso da área, que agora está em processo de doação definitiva para o município. “Com essa licitação, dia 1º, serão seis meses de estudo de viabilidade, ao final do qual será gerado um relatório e uma planilha técnica de custos. Com tais documentos, considerando que já estamos pré-credenciados na Rede Paulista de Parques Tecnológicos, vamos finalizar o credenciamento, que é bem rápido, com o qual solicitamos verbas de reformas do prédio. Essas verbas são estaduais e também pleitearemos verbas federais. Muitas empresas vem nos procurando e também, na implantação, vão ajudar na adequação de cada espaço”, prevê.

O antigo Terminal de Grãos do município, hoje administrado pela CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), é um prédio de 6.500 m², localizado na rua Regente Feijó nº 10, que, ao tornar-se Parque Tecnológico, abrigará empresas de base tecnológica de vários segmentos, como de programação, games, energia fotovoltaica, engenharia de drones, hardware – computadores e aparelhos eletrônicos, além de laboratórios de pesquisas tecnológicas e de inovação, segundo Gatto.

Lei de incentivo

Dilador confirma que o intuito é justamente fomentar o interesse de empresas locais e a vinda de empresas de fora, além de adiantar que no local serão também desenvolvidas pesquisas de tecnologia e inovação.

“Um ponto muito importante é que já estamos com projeto para uma nova lei de incentivo fiscal e tributário do município, com apoio de lei federal, em que toda nova empresa, com CNPJ novo, que for se instalar e desenvolver, a princípio, um raio de 2 km a partir do parque tecnológico, vai ter um incentivo de ISS de 2%”, diz o assessor da SMDERT.

“Uma empresa do município que queira instalar, por exemplo, uma área de desenvolvimento no local, também com um CNPJ novo, também terá sua tributação a 2% de ISS, imposto sobre serviços, que é uma grande parte da composição do custo, principalmente desse setor de tecnologia e inovação, entre outros incentivos. Para tanto estamos apoiados em leis estaduais e federais”, garante.

Parcerias

Araçatuba já é pólo com mais de 30 empresas que desenvolvem softwares e games, produtos para área de georreferenciamento, de clima, robótica, impressora 3D e de energia fotovoltaica. “A fotovoltaica, sobre a qual faremos palestras, seminários e exposições, tem parceria muito forte com a SMDERT e com o município e tem crescido muito, acima de 2 dígitos ao ano”, ilustra Gatto.

O assessor revela a expectativa positiva pelas parcerias não só com empresas privadas, mas também com as universidades. “Várias delas já estão nos procurando para futura instalação no parque. Tanto a Unesp quanto o Unisalesiano já mostraram interesse de montarem seus laboratórios de pesquisa na incubadora e já estamos conversando com a Unitoledo, a Unip, todas as outras universidades. Laboratórios que podem ser de computação, Inteligência artificial, hardware, drones, equipamentos eletrônicos, vários laboratórios de pesquisa e pesquisa avançada, como a Unesp que mexe com biotecnologia e biossistemas, ou a Soniftec, que trabalha com inteligência artificial. A parceira com empresas e as universidades vai ser bem forte”, prevê.

“Já a parceira de gestão do parque está com a negociação bem avançada com a Fundunesp (Fundação para Desenvolvimento da Unesp), cujo vice-presidente é o professor Max José de Araújo Faria Junior, responsável pela Coordenadoria Didática e Científica”, acrescenta.

Está prevista para 5 de fevereiro a reunião que praticamente selará a parceria, com equipes técnicas de São Paulo, jurídica e de projetos, na qual a SMDERT conta com apoio do secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Fabio Leite Franco. “Agora é a fase de licitação do projeto, que quando estiver pronto e nós credenciados, faremos a busca de recursos para reforma e compra de equipamentos e materiais para o parque. Essas verbas podem vir por etapas, pois buscamos tanto junto à Secretaria de Estado como ao Ministério de Ciência, Tecnologia e inovação, ou entidades como FAPESP e institutos de pesquisa”, finaliza.
 
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