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05/11/2018 às 15h07min - Atualizada em 05/11/2018 às 15h07min

Animais podem nos ensinar muito sobre os seus verdadeiros sentimentos

É importante que o tutor conduza uma relação equilibrada com o animal para propiciar um comportamento tranquilo nele.

Instituto Anda
Foto: Dino
O ambiente em que o cão vive e sua relação com o tutor pode afetá-los profundamente, desenvolvendo distúrbios de comportamento permanentes. Os comportamentos compulsivos são muito difíceis de serem tratados, uma vez estabelecidos. Existem várias fontes de estresse na vida dos cães.
 
Confinamento prolongado que leva à falta de estímulos precisa ser evitado, embora uma rotina saudável precise ser estabelecida. “Se os tutores trabalham fora o dia inteiro e deixam o cão sozinho, ele terá mais dificuldade para desenvolver seu comportamento canino normal”, informa Vininha F. Carvalho.

Os cães são muito sensíveis a relacionamentos instáveis, mudanças no grupo social e em alterações em sua própria posição social. Conduzir uma relação equilibrada propicia um comportamento tranquilo no animal. Se um cão forma laços tão fortes com seu tutor ao ponto de se sentir inseguro longe dele, acabará desenvolvendo a ansiedade de separação, um distúrbio grave que provoca muito sofrimento, alguns choram desesperadamente.

Animal que convive somente ao lado de seres humanos, afastado totalmente de seus semelhantes, está mais sujeito a manifestar problemas de comportamento. O estresse pode durar por períodos curtos, e uma vez removido, o cão volta a sua rotina normal. Se, por outro lado, a situação se prolongar, os danos podem ser irreversíveis.

“Os cães estressados podem ficar repetindo o mesmo comportamento várias horas por dia, sem parar, mesmo que a causa original do estresse não esteja mais presente. Pode chegar até ao que chamamos desordem compulsiva, conhecida em humanos como TOC, ou Transtorno Obsessivo Compulsivo, onde o cão realiza o comportamento enquanto estiver acordado, só parando ao adormecer. Alguns lambem uma parte do corpo, outros andam em círculos, ou latem no mesmo tom e volume sem parar”, enfatiza Vininha F. Carvalho.

O importante é identificar se o animal está manifestando algum comportamento compatível com estresse e tentar eliminar a fonte do problema. Se o cão lambe muito algum lugar do corpo, é necessário repreendê-lo e, assim que ele parar, recompensá-lo. Desviar sua atenção do comportamento com uma brincadeira bem interativa é uma boa opção.

Infelizmente, pode acontecer que a raiz do problema esteja na condição de vida imposta pelo tutor, um local inadequado e sem o mínimo de carinho. Existem relatos de cães com dermatites crônicas que mudaram de ambiente e foram completamente curados.

A maneira correta para os tutores prevenirem o estresse é criar uma rotina saudável para o animal. Exercício diário é fundamental, cães que conseguem gastar bastante energia são mais equilibrados.

O convívio com um animal nos compromete a cuidar de algo fora de nós mesmos. Nos impulsiona a tentar suprir as necessidades deste ser tão indefeso. Este tipo de relacionamento entre os humanos e os animais esta alicerçado na generosidade, onde o resultado obtido este diretamente relacionado à dedicação e o amor que investimos.

“Está comprovado cientificamente que ter um animal em casa contribui muito para a qualidade de vida, mas eles não podem ser vítimas de uma vida vazia, precisa de companhia, equilíbrio emocional e físico, assim como todos os seres vivos, merece serem felizes”, alerta Vininha F. Carvalho.

O papel do médico veterinário, hoje em dia, não deveria ser apenas realizar diagnósticos e promover à cura as doenças, mas deveria cuidar do bem-estar de seus pacientes. E quando o animal chegasse a clínica , para a primeira consulta , a pergunta deveria ser :- “este animal é feliz?” – A partir daí, muitos males poderão ser evitados ou adequadamente tratados.

Os animais podem nos ensinar muito sobre os seus verdadeiros sentimentos, basta apenas ter sensibilidade para deciframos suas atitudes.
 

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