21/10/2021 às 15h59min - Atualizada em 21/10/2021 às 15h59min

O ANTIGO EGITO E O FASCÍNIO PELOS GATOS

A deusa Bastet era a referência - corpo de mulher com cara de gata

Gilberto Pinheiro

Gilberto Pinheiro

Amigos dos animais. Somos o coração, a alma, a voz dos animais. Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil.

A vida é fascinante e, a cada dia, novos rumos,  outras descobertas e até fatos curiosos.    No caso específico que me dedicarei nesse artigo, ensejo destacar o fascínio pelos gatos, por parte do faraó e todo povo egípcio naqueles velhos tempos.  Sem esquecer o encantamento que  as antigas ruínas e histórias que envolviam o Antigo Egito, religião,  soldados, escravos, esculturas magníficas, múmias que foram descobertas, etc. Até hoje esse contexto histórico encanta grande parte da Humanidade.   O Egito era muito enigmático,  misterioso,  místico e isso se estendeu em todo período faraônico.   Os arqueólogos, volta e meia, descobrem novas múmias, artesanatos alguns intactos, histórias e reminiscências, sendo razão para grandes filmes e até novelas.  O  mistério está  sempre presente!

E por dar destaque aos mistérios, magias, a crença na imortalidade da alma, eu,  como defensor dos animais e estudioso do assunto, naturalmente, pesquisei e descobri há algum tempo que os gatos eram amados e reverenciados por aquele povo oriundo do nordeste da África, à beira do rio Nilo.   Tanto é verdade que eram vistos como divindade, a deusa Bastet, corpo de mulher com cabeça de gata  e  quem ousasse matar um desses animais que simbolizava uma entidade superior  e fosse  descoberto, era sumariamente condenado  à morte.  A vida do felino tinha muito valor, pelo carisma natural, magia,  admiração e reverência.    Essa deusa era considerada da fertilidade, da música, da dança, do amor.  Era muito cultuada e o gato era visto como  o símbolo maior e mais representativo em relação a ela.

A deusa Bastet era a referência - corpo de mulher com cara de gata

Esses animais  quando morriam, eram embalsamados ou mumificados, ficando na lembrança a dolorosa  saudade daqueles que deles cuidavam.  Era uma reverência muito respeitosa e, por que não dizer, amorosa.   As mulheres pintavam o redor de seus olhos para lembrar o olhar fixo e penetrante desses animais admiráveis.  Os gatos exerciam um grande fascínio na população, protegendo-os e, muitos deles, fazendo parte de famílias egípcias, como ocorre hoje no Brasil e, por que não dizer, no mundo.  O encanto continua.    O faraó Amenhotep III - XVIII dinastia governou durante 40 anos e tinha um sarcófago para seu gato de nome Tamit quando morresse, ali descansasse eternamente. O Antigo Egito era realmente fascinante com sua fé na imortalidade e mediunidade.  E o gato representava muito para todos eles. Até hoje os gatos são considerados extremamente sensíveis, percebendo, inclusive, o mundo espiritual.  

LIVRO INSIDE THE ANIMAL WORLD - Por Dentro Do Mundo Animal - Robert Burton 

Pesquisador que sou, encontrei no livro Inside The Animal World - Por Dentro do Mundo Animal, de Robert Burton, um trecho interessante que registra o seguinte: "as evidências são irrefutáveis e pode-se concluir que eles tentam se comunicar conosco telepaticamente, ideia reforçada pela psicóloga de animais Beatrice Lydecker , autora do livro What The Animals Tell Me - O Que os Animais me Ensinaram."  Além disso, o parapsicólogo J.B.Rhine também confirma esta propriedade, ancorado em experiências bem-sucedidas sobre a percepção extrassensorial. 

Os gatos, em destaque especial, estão conosco cerca de 9 mil anos tendo surgido no Iraque. Além disso, alguns animais possuem  a hiperestesia indireta - faculdade paranormal intrínseca a eles, tornando-os capazes de perceber as mensagens telepáticas de seus tutores, segundo os profissionais da área de psicoveterinária, ramo da Psicologia direcionada aos animais.  Portanto, eles sentem e percebem muito mais que imaginamos.  Não é à toa que eles são sensacionais!

NA IDADE MÉDIA - os gatos eram covardemente perseguidos

Em contrapartida, na Idade Média, esses felinos eram desprezados, temidos, odiados, pois entendiam que eles tinham pacto com o mal.  A ignorância daquela época submergia a inteligência e o raciocínio da maioria do povo desse tempo.  Eram vistos como animais que pertenciam às bruxas.  Cada povo com suas enigmáticas e estranhas tradições, crenças e entendimentos.

Hoje em dia, a maioria da população mundial, principalmente, ocidental, ama e respeita os animais e, entre eles, os gatos, muitos deles fazendo parte de famílias, há muitos anos.  Aqui em casa, tivemos um gato branco que conviveu conosco durante 17 anos, com certeza, feliz, assim como eu e minha esposa.  Quando ele morreu, a tristeza venceu nossos corações.    Ter animais no lar é evolução, faz bem à vida de todos nós.   Infelizmente, por falta de amor e evolução de boa parte da sociedade brasileira, ainda se maltrata muito os felinos e esquecem ou não sabem que agora, se um indivíduo maltratar um cão ou um gato e levado a juízo, será literalmente condenado à reclusão, de acordo com a lei federal 14064/20 - reclusão de 2 a 5 anos.   O ilustre presidente Bolsonaro foi quem sancionou essa lei para o bem de todos os felinos e cães em nosso país.  Na verdade, uma grande vitória! 
nota: a causa protetiva dos animais NÃO é pauta esquerdista.
Eu sou de direita, cristão e entendo que proteger animais
é para quem tem consciência desenvolvida e entende que eles
merecem respeito e proteção.

Gilberto Pinheiro é jornalista,
palestrante em escolas, universidades,
destacando a senciência e direitos dos animais


" E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará "
 João 8:32

Link
Tags »
Leia Também »
Comentários »