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14/08/2023 às 18h49min - Atualizada em 14/08/2023 às 18h49min

Birigui e Araçatuba estão entre as 10 cidades mais violentas de SP, aponta levantamento

Estudo leva em conta cidades acima dos 100 mil habitantes na categoria Mortes Violentas Intencionais.

Assessoria de imprensa
Imagem/Divulgação
Birigui e Araçatuba (SP) aparecem em 8º e 10º lugar entre as cidades mais violentas do Estado de São Paulo em 2022, respectivamente. Os dados são do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que avalia estatísticas criminais de todo o país.
 
O estudo, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, analisa dados referentes às cidades com população a partir de 100 mil habitantes. Dentre os cenários avaliados, está a categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI), que corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais.
 
De acordo com o anuário, Birigui registrou 15,1 mortes violentas a cada 100 mil habitantes em 2022, enquanto Araçatuba contabilizou 15 mortes violentas para cada 100 mil habitantes.
 
A título de comparação, a cidade mais violenta do estado de São Paulo é Caraguatatuba, com 26,7 mortes. Já a mais segura é Botucatu, com 2,8 mortes.
 
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobre os resultados e planos para reforçar a segurança. Em nota, a SSP informou que os indicadores de crimes contra a vida são analisados permanentemente com o objetivo de definir novas ações para repressão destes casos.
 
Conforme a SSP, nos primeiros seis meses deste ano, Birigui registrou redução de 62,5% nos casos de homicídios, quando comparado com o mesmo período do ano passado. No total 2.007 pessoas foram presas ou apreendidas em toda a região de Araçatuba.
 
"O Deinter 10 conta com o trabalho especializado da Delegacia de Homicídios da da Deic de Araçatuba, além da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Andradina. Os esforços das forças de segurança são contínuos e buscam desenvolver e promover políticas públicas para a redução dos índices criminais. Um deles é o Sistema de Informação e Prevenção aos Crimes Contra a Vida – SPVida, lançado em fevereiro", diz a nota.
Por fim, a pasta ressaltou que no primeiro semestre deste ano, o estado registrou uma queda de 4,9% no número de homicídios dolosos em comparação com o mesmo período de 2022. Em junho, a queda foi maior, de 15,9%.
 
A Prefeitura de Birigui também retornou o questionamento. Em nota, informou que é prática da Guarda Civil Municipal apoiar a Polícia Militar no patrulhamento preventivo, principalmente quando estes estão em atendimento de ocorrência.
"A Secretaria Municipal de Segurança Pública informa ainda que caminha lado a lada com a Policia Civil, dando total apoio a estas forças de segurança com o ideal de promover segurança aos cidadãos em Birigui", finaliza a nota.
 
Dados do Brasil
Das 10 cidades mais violentas do Brasil, seis ficam na Bahia (veja o ranking abaixo). O município com mais casos é Jequié (BA), com uma taxa de 88,8 mortes por 100 mil habitantes.
 
Taxa de Mortes Violentas Intencionais, por município do país em 2022
 
  1. Município Taxa por 100 mil habitantes
  2. Jequié (BA) 88,8
  3. Santo Antônio de Jesus (BA) 88,3
  4. Simões Filho (BA) 87,4
  5. Camaçari (BA) 82,1
  6. Cabo de Santo Agostinho (PE) 81,2
  7. Sorriso (MT) 70,5
  8. Altamira (PA) 70,5
  9. Macapá (AP) 70,0
  10. Feira de Santana (BA) 68,5
  11. Juazeiro (BA) 68,3
Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública
Ainda conforme o anuário, o país atingiu o menor patamar de MVI em 12 anos, com taxa de 23,4 vítimas a cada 100 mil habitantes e queda de 2,4% de 2022 para 2021: de 48,4 mil para 47,5 mil.
 
Os crimes de homicídio doloso (-1,7%) e latrocínio (-15,3%) apresentaram diminuição de 2021 para 2022, enquanto as lesões corporais seguidas de morte (18%) e os assassinatos de policiais (30%) cresceram no mesmo período.
 
O ranking, que reúne 319 municípios com mais de 100 mil habitantes, é baseado em dados do Painel de Monitoramento de Mortalidade da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde, e no Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Para definir o conceito de "morte violenta intencional", foi realizado o agrupamento de categorias e tratamento de dados com base na metodologia de classificação estatística de mortalidade CID-10, da Organização Mundial da Saúde.

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