AtaNews Publicidade 728x90
11/08/2023 às 19h47min - Atualizada em 11/08/2023 às 19h47min

No lançamento do novo PAC, Lula diz que precisa de Lira para aprovar projetos no Congresso

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação Presidente Lula com o Presidente da Câmara dos deputados Arthur Lira
A fala de Lula representa suas tentativas de ganhar mais apoio no Legislativo para aprovação de seus projetos, que atualmente dependem da liberação de emendas e acordos de "toma lá dá cá".

O presidente empossado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, apesar da rivalidade política, precisa da ajuda de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, para aprovar os projetos de seu governo. A declaração foi dada durante cerimônia de lançamento do novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), nesta sexta-feira (11).
“Lira é nosso adversário político desde que o PT foi fundado. Ele é nosso adversário e vai continuar sendo adversário. Nós temos momento de campanha em que nós vamos nos xingar, falar mal um do outro, mas quando termina a eleição e cada um assume seu posto, ele não está aqui como Arthur Lira. Ele está aqui como presidente de uma instituição  que o Poder Executivo precisa mais dela do que ela do Poder Executivo”, afirmou o petista durante seu discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. “Não é o Lira que precisa de mim, eu é que mando os projetos feitos pelos ministros, pela sociedade. Eu é que preciso dele para colocar em votação”, continou.

A fala de Lula representa as movimentações do petista para tentar ganhar mais apoio no Legislativo. O governo vêm sofrendo grandes impasses por sua incapacidade de estabelecer uma base sólida dentro do Congresso, o que dificulta a discussão de pautas e articulação política.

Para solucionar a falta de articulação, Lula vem liberando altos valores aos congressistas para receber apoio nos projetos apresentados ao Congresso. Até o início de Julho deste ano, o governo já havia liberado mais de R$ 10 bilhões em emendas parlamentares.

Para a aprovação da Reforma Tributária, por exemplo, houve a liberação de R$ 5,3 bilhões em "emendas pix" na véspera da votação e R$ 1,1 bilhão destinados aos deputados na data da aprovação. Na mesma semana, outros R$ 2,1 bilhões haviam sido resevados para emendas ao Orçamento.

Atualmente, o presidente sofre grande pressão dos partidos do Centrão - inclusive do PP de Lira - para concluir uma reforma ministerial.

“É como nós dirigentes sindicais. A gente passa a semana inteira na porta da fábrica xingando o patrão, mas quando a gente senta para conversar com ele, a gente senta de forma civilizada e a gente quer que ele atenda nossa reivindicação. É esse comportamento que nós temos que ter para poder consolidar o processo democrático nesse país. É a convivência democrática na adversidade”, concluiu Lula.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »