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06/10/2022 às 20h32min - Atualizada em 06/10/2022 às 20h32min

Confira o dia dos candidatos à Presidência da República

Agência Brasil
Foto: Divulgação
Lula faz caminhada com apoiadores em São Bernardo do Campo

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, participou hoje (6) de uma caminhada com apoiadores em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O ato saiu do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e seguiu até a Praça da Matriz.

Em frente a igreja, Lula relembrou as greves dos metalúrgicos, em que participava durante o regime militar. “A gente estava em greve, a diretoria do sindicato foi toda presa e os trabalhadores ficaram sendo organizados pela comissão de fábrica”, contou sobre um episódio ocorrido em 1º de Maio de 1980. 

Candidato relembrou greves dos metalúrgicos no ABC

Candidato relembrou greves dos metalúrgicos no ABC


Na ocasião, segundo o candidato, os sindicalistas tiveram que se refugiar no interior da igreja para evitar a repressão. “Na época, o saudoso Dom Cláudio Hummes era o bispo da região do ABC e ele dava guarida para os trabalhadores entrarem na sacristia para que a gente não apanhasse da polícia”, relembrou.

Desde então, de acordo com Lula, o local se tornou um marco das lutas dos trabalhadores, categoria que ele pretende atender, caso retorne à Presidência. “A gente quer ter o direito de trabalhar, de estudar, de tomar café, almoçar todo dia. A gente quer ter o direito de ter acesso à cultura, ao lazer, de ir ao cinema, ao teatro. A gente quer ter o direito de participar de tudo aquilo que a gente constrói. A gente quer se vestir bem, comer bem. A gente não gosta só de carne de segunda ou pescoço de frango”, disse. 

Economistas
Ainda pela manhã, os economistas Edmar Bacha, Pedro Malan, Pérsio Arida e Armínio Fraga declararam voto em Lula no segundo turno. Eles serviram aos governos Itamar Franco (1992-1994) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2001) e foram criadores do Plano Real, programa que implantou a nova moeda e ajudou a controlar a hiperinflação no país nos anos 1990. Em comunicado, os quatro economistas disseram esperar que um eventual retorno de Lula à Presidência  tenha "condução responsável da economia". "Votaremos em Lula no 2º turno; nossa expectativa é de condução responsável da economia", declararam. 

Malan foi ministro da Fazenda durante o governo de FHC e presidente do Banco Central durante o governo de Itamar Franco. Arida e Bacha foram os criadores do Plano Real ainda no governo FHC. Armínio Fraga foi presidente do Banco Central no segundo mandato de FHC. Ontem (5), o ex-presidente declarou apoio a Lula.

Em nota, a campanha de Lula e de seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin, elogiou a postura dos economistas. 

"Com esse ato de grandeza e de compromisso público com o Brasil, os economistas André Lara Resende, Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Pérsio Arida se somam a postura do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de diversos quadros históricos do PSDB em defesa da democracia e da inclusão social representadas pela candidatura Lula-Alckmin. Estivemos juntos no processo de redemocratização que derrotou a ditadura militar e, agora, juntos novamente, vamos derrotar o autoritarismo, o obscurantismo, o negacionismo e os desmontes de Bolsonaro, além de recuperar a economia brasileira, reduzindo a inflação e voltando a gerar emprego e renda para o povo brasileiro", diz a nota.

Políticos do PSD
À tarde, também na capital paulista, Lula recebeu políticos do PSD, partido presidido deputado federal e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. A legenda, que se manteve neutra no primeiro turno e repetirá o posicionamento no segundo, liberou as bancadas e seus diretórios para apoiarem qualquer um dos candidatos a presidente que estão na disputa. 

Entre os apoios recebidos por Lula nesta quinta-feira, está o do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. "O presidente Lula é o único político com nível nacional que tem compreensão da importância do estado do Rio de Janeiro para o Brasil. A mensagem que nós passamos aqui é que nós vamos trabalhar incessantemente [pela eleição de Lula]", afirmou o prefeito. O encontro também reuniu nomes como os senadores Cárlos Fávaro (PSD-MT) e Otto Alencar (PSD-BA), este último reeleito no domingo (2) para um novo mandato.

Bolsonaro recebe apoio de deputados reeleitos no Palácio da Alvorada

Primeira-dama Michelle Bolsonaro também estavam presentes

Primeira-dama Michelle Bolsonaro também estavam presentes


O candidato à Presidência pelo PL, Jair Bolsonaro, recebeu hoje (6) no Palácio da Alvorada um grupo de deputados federais e governadores reeleitos, que manifestou seu apoio à reeleição do mandatário. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também estava presente no encontro.

“As escolhas que o Brasil fez [para o Parlamento] deixaram uma mensagem muito forte para todos os brasileiros da tendência do encaminhamento que a população quer para os próximos quatro anos: um congresso de centro-direita, reformador, conservador, dando norte para um caminho que já está asfaltado. Esse Congresso foi eleito para a continuidade do governo Bolsonaro”, disse Arthur Lira, do Partido Progressistas, que foi reeleito pelo estado de Alagoas.

Parlamentares mulheres também reforçaram o apoio à reeleição do presidente, na busca pelo voto feminino. “Esse é momento que nós, deputadas, vamos nos engajar nessa campanha porque nós, como representantes do povo, entendemos que podemos conversar com as mulheres, aquelas que não receberam ainda a informação correta do que esse governo do presidente Bolsonaro tem feito pelas mulheres, pelas famílias”, disse Bia Kicis (PL), deputada federal reeleita pelo Distrito Federal.

Durante seu discurso, Bolsonaro destacou que foi reeleito sete vezes como deputado federal, durante 28 anos. “Ao longo do nosso mandato nós somos julgados pelo que fizemos, não fizemos, pelo que nos omitimos, bem também pela esperança que vocês podem dar à população”, disse, sobre a atuação de parlamentares.

“Hoje, o Parlamento é de centro-direita, é um parlamento que tem muito mais chance de aprovar projetos com mais facilidade e mais agilidade, projetos outros que vão ajudar mais ainda o nosso Brasil ser um país de primeiro mundo de verdade”, completou Bolsonaro, sobre o alinhamento do Congresso às pautas do governo.

Os governadores de Roraima, Antônio Denarium, do Acre, Gladson Cameli, e de Goiás, Ronaldo Caiado participaram do encontro. Ministros do governo e a primeira-dama Michelle Bolsonaro também estavam presentes.

Auxílio Brasil
Bolsonaro disse ainda que conversou com Arthur Lira sobre uma proposta de taxação de dividendos (lucro das empresas pago a acionistas) para bancar a complementação do Auxílio Brasil. A partir de janeiro, o valor do benefício volta para R$ 400 e o governo busca recursos para mantê-lo em R$ 600.

De acordo com o presidente, a ideia é taxar dividendos maiores de R$ 400 mil por mês. “O suficiente para tornar definitivo esse programa de R$ 600”, disse.

União Brasil
Após o encontro com Bolsonaro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reeleito pelo União Brasil, disse que a maioria dos membros do partido apoiam a reeleição do presidente. No primeiro turno, o União Brasil teve como candidata à Presidência a senadora Soraya Thronicke, que terminou na quinta posição com 0,51% dos votos válidos.

Ontem (5), o presidente nacional do partido e deputado federal reeleito por Pernambuco, Luciano Bivar, anunciou que o partido liberaria os diretórios estaduais para decidir sobre os apoios no segundo turno das eleições presidenciais.

Além de Caiado, o governador reeleito em Mato Grosso, Mauro Mendes também esteve no Palácio da Alvorada e declarou seu apoio a Bolsonaro. Assim como dois candidatos do partido a governos estaduais, que disputam o segundo turno: Wilson Lima, que tenta a reeleição no Amazonas contra o senador Eduardo Braga (MDB-AM), e Marcos Rocha, que tenta se reeleger em Rondônia em uma disputa contra Marcos Rogério (PL-AM).

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