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23/09/2022 às 18h30min - Atualizada em 23/09/2022 às 18h30min

Confira o dia dos candidatos à Presidência da República

Agência Brasil
Foto: Divulgação
Sofia Manzano diz que reformará Judiciário e Ministério Público

Para ela, Justiça tem servido de instrumento para dominar os pobres

Para ela, Justiça tem servido de instrumento para dominar os pobres


A candidata do PCB à Presidência da República, Sofia Manzano, defendeu hoje (23) nas redes sociais uma reforma “estrutural profunda” do Judiciário e do Ministério Público, de forma a dar transparência a suas atividades, bem como para evitar que sirvam de “instrumento” de proteção dos ricos, e de punição aos pobres.

“O Judiciário brasileiro tem sido, ao longo dos tempos, um instrumento das classes dominantes para punir os pobres e proteger os ricos”, escreveu Sofia Manzano no Twitter. “Para reverter essa situação propomos uma reforma estrutural profunda de todo o Judiciário brasileiro (o que inclui necessariamente o Ministério Público), tanto do ponto de vista da legislação, quanto do controle social”, acrescentou.

Sofia defendeu “transparência sobre a atividade da Justiça e, especialmente, que os juízes nomeados para os tribunais regionais e superiores tenham mandato fixo sob controle social, ou seja: elegíveis e revogáveis pelo poder popular em sua respectiva jurisdição”.

Na mesma rede social, ela reafirmou seu compromisso com o aumento do investimento público na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica e com a formação integral de jovens da classe trabalhadora, “tendo como base o trabalho, a pesquisa e a extensão como princípios educativos”.

Bolsonaro indicará ministros contra o aborto ao STF, se reeleito

Candidato à reeleição fez comício em Divinópois, Minas Gerais

Candidato à reeleição fez comício em Divinópois, Minas Gerais


O candidato à reeleição pelo PL Jair Bolsonaro disse hoje (23) que, se reeleito, vai escolher ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) que sejam contrários à legalização do aborto. “Não vamos discutir aborto no Brasil. E não se esqueçam que, quem se eleger presidente esse ano, indica dois ministros para ocupar o Supremo Tribunal Federal ano quem vem. Em sendo reeleito, esses dois que vão para lá jamais serão favoráveis ao aborto também”, disse, em comício em Divinópolis (MG).

Em 2023, duas vagas serão abertas no STF com a aposentadoria dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. É prerrogativa do Presidente da República indicar os novos nomes. Durante o seu governo, Bolsonaro nomeou dois ministros, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

Há, no STF, uma ação que pede a descriminalização do aborto. Ela está parada sob relatoria da ministra Rosa Weber, atual presidente da Corte. No Brasil, o aborto é permitido em três situações: em caso de estupro, quando há risco de vida para a mãe e se o feto tem anencefalia.

Antes do comício, Bolsonaro fez um passeio de moto pelas ruas de Divinópolis e cumprimentou apoiadores. À tarde e à noite ele continua em Minas Gerais e cumpre agenda em Belo Horizonte e Contagem.

Simone Tebet defende políticas de inclusão de pessoas com deficiência

Ela visitou o Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro

Ela visitou o Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro


A candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, visitou na manhã de hoje (23) o Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, na capital paulista. Ao lado da candidata a vice Mara Gabrilli, Tebet disse que o programa de governo apresentado por elas é o mais inclusivo de toda história: “nosso programa de governo, meu e da Mara, é o mais inclusivo por termos colocado essa questão como eixo principal. Teremos um governo de inclusão para todos. O Brasil tem mais de 17 milhões de pessoas com deficiência e 13 milhões com doenças raras. São aproximadamente 30 milhões de pessoas que ficam na maior invisibilidade. Nenhuma porta do SUS deve ser fechada para essas pessoas, mas, mais do que isso, precisamos garantir qualidade de vida a essas pessoas”.

Durante a visita, a emedebista conversou com atletas de futebol para amputados e destacou o trabalho de Gabrilli que é tetraplégica “Eu me lembro da luta dela, em 2015, quando era deputada federal e votou na LBI (Lei de Brasileira de Inclusão) pelo direito de se garantir um percentual a mais das loterias para poder bancar um espaço tão grande e importante como este. Ter a Mara como vice-presidente é uma grande alegria”.

Ainda com foco nas em pessoas com deficiência, a presidenciável defendeu a criação de estímulos para que os setores industrial e comercial possam, inclusive com isenções tributárias, contratar mais. “O setor produtivo precisa ter benefícios para incluir a todos. Equidade é isso: garantir que as pessoas com dificuldades, tenham abertura no mercado de trabalho, no mercado de saúde, em atividades esportivas”, avaliou.

Sobre como pretende conduzir essa última semana de campanha, a emedebista disse que não tem uma estratégia. “Somos mulheres. Sou mãe e professora. Mara, senadora, tendo sido deputada federal. Estamos fazendo aqui o que a gente sempre fez em nossa vida pública. Ou seja, olhar para as pessoas, colocar as pessoas em primeiro lugar, temos uma vida de retidão”, disse.

Ciro defende corte de renúncias fiscais para financiar obras paradas

Pedetista fala que retomará 14 mil obras paradas no país

Pedetista fala que retomará 14 mil obras paradas no país


O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou que, caso eleito, retomará 14 mil obras paradas no país. Ciro referiu-se, principalmente, a obras interrompidas a cerca de 20% de sua conclusão. O pedetista defendeu retomar essas obras com verba de impostos arrecadados. Para isso, ele propõe reduzir a quantidade de renúncias fiscais vigentes hoje.

“O dinheiro [para as obras] virá de um conjunto de providências. Mas a mais óbvia, num primeiro momento, é cortar 20% de todas as renúncias fiscais. Hoje o Brasil dispensa de pagar imposto, por uma série de privilégios inexplicáveis, R$ 350 bilhões por ano. Se eu corto 20%, eu tenho R$ 70 bilhões, recurso suficiente para, em um ano, fazer uma grande virada nesse jogo”, disse Ciro.

As renúncias fiscais, contestadas por Ciro, são benefícios que o governo concede para diferentes setores da economia, abrindo mão de receber parte dos impostos desses setores. Na prática, é uma decisão do governo para reduzir encargos de empresas e, assim, estimular seus investimentos no mercado interno, geração de empregos ou até mesmo frear cortes de pessoal.

Ele falou a jornalistas após um encontro com representantes da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) em seu comitê de campanha em São Paulo. Na estimativa de Ciro, retomar essas obras vai aquecer a economia, gerar 5 milhões de empregos em dois anos, além dos benefícios que a própria conclusão das obras trará. Segundo ele, existe um efeito não só em emprego, mas em qualidade de vida. “Por exemplo, você termina uma obra de saneamento básico”.

Agenda
Amanhã (24) pela manhã, Ciro se reunirá com representantes da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). No final da tarde, ele segue para o debate dos presidenciáveis, realizado por um pool de comunicação composto por vários veículos de mídia impressa, rádio e televisão.

Lula diz que Brasil precisa voltar a ser um país industrializado

Candidato cumpre agenda na região do Vale do Aço, em Minas Gerais

Candidato cumpre agenda na região do Vale do Aço, em Minas Gerais


O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou hoje (23), em coletiva de imprensa, que vai trabalhar para que o Brasil volte a ser um país com forte participação da indústria na economia. A declaração foi dada em Ipatinga (MG), cidade que fica no chamado Vale do Aço, leste mineiro, polo da siderurgia nacional.

"Volto a Ipatinga num momento em que todos nós estamos conscientes de que o Brasil precisa voltar a ser um país industrializado. No país, que já teve um PIB industrial de 30%, hoje a indústria representa menos de 11% do PIB", destacou o candidato.

O PIB é a sigla de Produto Interno Bruto, que corresponde à soma dos bens e serviços produzidos no país. Para Lula, estimular o desenvolvimento da indústria é importante porque o setor gera um emprego de maior qualidade, com melhores salários e exportação de produtos de maior valor agregado. O presidenciável estava acompanhado de aliados políticos mineiros. Ele ainda participa de um comício no Parque Ipanema, na noite desta sexta. 

Faltando praticamente uma semana para as eleições, o petista afirmou que está confiante de que vai ganhar as eleições presidenciais, independentemente de ser no 1º turno ou não. "Eu estou convencido que nós temos muitas condições de ganhar as eleições. A mim não importa se será no 1º ou 2º turno. Todas as eleições que eu disputei, desde 1989, eu quis ganhar no 1º turno. Não deu, paciência. A gente pode ganhar no 2º turno".

Lula também foi questionado sobre se confia nas pesquisas eleitorais, a maioria das quais têm apontado sua liderança na corrida presidencial deste ano. "Eu aprendi a não desacreditar em pesquisa. Obviamente, você precisa saber qual a pesquisa é mais ou menos séria. É bom a gente se balizar em dois ou três institutos", apontou.

O ex-presidente da República, que busca um terceiro mandato, ainda foi indagado sobre confiança no sistema eleitoral do Brasil, e enfatizou que acredita na seriedade da Justiça Eleitoral do país. "Se a Justiça Eleitoral e a urna eletrônica tivessem a possibilidade de fazer o que o atual presidente fala, eu acho que jamais um metalúrgico teria sido eleito presidente da República nesse país. E jamais uma ex-prisioneira como a Dilma Rousseff poderia ter sido eleita presidente da República. Eu respeito a urna eletrônica e respeito a seriedade [da Justiça Eleitoral]", afirmou. O candidato ainda lembrou que o Brasil é a democracia na qual os resultados eleitorais são divulgados mais rapidamente em todo o mundo, apenas algumas horas após o encerramento do pleito.

Aos jornalistas, Lula confirmou que não participará do debate entre candidatos a presidente deste sábado (24). Ele alegou motivos de agenda para cancelar sua ida no evento, que será realizado, em conjunto, pelo pool de veículos de mídia formado pelos canais de televisão SBT e CNN Brasil, o jornal O Estado de São Paulo, a revista Veja, o portal de notícias Terra e a rádio Nova Brasil FM.

Vera diz que taxação de super ricos irá bancar piso da enfermagem


Candidata é contra a participação das empresas privadas no Saúde

Candidata é contra a participação das empresas privadas no Saúde


A candidata do PSTU à Presidência da República, Vera Lúcia Pereira, defendeu hoje (23) que o piso nacional da enfermagem seja bancado com a taxação dos super ricos. A candidata afirmou que, se eleita, irá implementar tributos progressivos nas grandes fortunas para custear o piso da categoria.

“Para garantir o piso nacional da enfermagem, nós defendemos atacar os lucros dos super ricos, uma taxação progressiva nas grandes fortunas, que conseguiria garantir a aplicação do piso no setor público”, destacou a candidata.

Vera afirmou ainda ser contra a participação das empresas privadas no setor da saúde. “Não podemos ceder às pressões da iniciativa privada, a saúde não é mercadoria. Por isso, defendemos a estatização de toda a rede privada de saúde”, acrescentou.

A agenda da candidata previa hoje panfletagem na Escola Adauto Bezerra, em Fortaleza; entrevistas à Rádio Super, ao jornal O Tempo (MG) e ao canal Opera Mundi; e participação em reunião com operários da construção civil e em plenária no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece), na capital cearense.

Leo Pericles aponta racismo na ausência de negros em debates na TV

Candidato está convocando marcha para protestar

Candidato está convocando marcha para protestar


O candidato a presidente da República pela UP, Leo Pericles, vem convocando apoiadores para uma marcha em protesto pela sua não participação nos debates televisionados entre os concorrentes no pleito eleitoral. Ele e Vera, do PSTU, são os únicos negros na disputa pelo mais alto cargo do país e classifica como racista e antidemocrática a realização de debates apenas com pessoas brancas.

"Mais um debate vai acontecer. Mais uma vez as candidaturas negras não estarão presentes. Não podemos ficar calados diante essa injustiça", criticou o candidato, que percorreu hoje (23) ruas de Mauá, município da Região Metropolitana de São Paulo. A marcha, também convocada pelas redes sociais, vai ocorrer amanhã (24). Os apoiadores irão se concentrar às 14h na escadaria do Teatro Municipal de São Paulo.

Amanhã ocorre às 18h15 um debate organizado por um grupo de veículos de imprensa, entre eles as emissoras SBT e CNN. Foram convidados os candidatos Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe D’Avila (Novo) e Padre Kelmon (PTB). Os sete pertencem a partidos que têm pelo menos cinco deputados federais e devem ser obrigatoriamente chamados conforme as regras vigentes fixadas pela Lei Federal 13.488/2021, conhecida como minirreforma eleitoral. O convite aos demais é facultativo.

Leo Pericles tem endossado as críticas de forma reiterada nas redes sociais. "Chega de racismo! Somos a maioria da sociedade brasileira. Somos o país mais negro fora do continente africano. Mesmo assim não há um candidato negro nos debates entre os presidenciáveis", escreveu na tarde de hoje.

Há dois dias, ele abordou o assunto evocando a memória de Minervino Oliveira, que disputou as eleições presidenciais de 1930 pelo Bloco Operário e Camponês (BOC). "Tem 92 anos que teve um último homem negro, trabalhador, morador de periferia, candidato à presidência da República" afirmou.
 

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