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05/09/2022 às 18h12min - Atualizada em 05/09/2022 às 18h12min

Confira como foi o dia dos candidatos à Presidência da República

Agência Brasil
Foto: Divulgação
Tebet promete incentivo a catadores e secretaria para a Amazônia

A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) visitou na manhã desta segunda-feira (5) a Coopercaps, uma cooperativa de reciclagem de materiais, na capital paulista. Segundo a presidenciável, a visita foi marcada em homenagem ao Dia da Amazônia, celebrado hoje. “Fizemos questão de vir aqui para mostrar que cuidar do meio ambiente é também garantir desenvolvimento sustentável com qualidade de vida, renda, salário, não só para os catadores, mas para toda uma cadeia de produção”, ressaltou.

Durante a visita, a candidata lembrou que apesar de ser campeão na reciclagem de latinhas de alumínio, o Brasil só consegue reciclar 30% de todo lixo que produz: “o que nós queremos é colocar a União como patícipe e parceira. A União ajudando os municípios e os consórcios a construírem aterros sanitários porque eles têm prazos pra isso. Cuidando do meio ambiente, mas também ajudando as cooperativas com redução da carga tributária para que eles possam reciclar esse lixo, garantindo emprego e renda para as nossas famílias, especialmente pras nossas mulheres”.

Sobre como se daria a redução dessa carga tributária para as cooperativas, a presidenciável defendeu a reforma tributária. Segundo ela, a medida não vai prever aumento na carga tributária para cooperativas, além de desburocratizar e unificar impostos. Simone Tebet acrescentou que também pretende incentivar o setor com linhas de financiamento via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O alvo seriam todos que, por meio de cooperativas, querem abrir esse tipo de negócio que, segundo ela, faz bem pro meio ambiente e garante cidadania, para as pessoas. “Temos mais de 800 mil pessoas que são consideradas catadores pra linha da formalidade”, lembrou.

Outra proposta apresentada por Simone Tebet hoje foi a criação de uma Secretaria Executiva voltada para as políticas públicas pra Amazônia. “Ela vai ter o papel decisivo de cuidar dos biomas junto com o Ministério das Relações Exteriores fazer essa dobradinha. Primeiro para mostrar para o mundo que nós somos [um país] sustentável, cuidamos dos nossos biomas não só com os órgãos de fiscalização e controle atuando, mas também fazendo com que investimentos privados estrangeiros possam vir para que a gente possa aquecer a economia, fazer o Brasil voltar a crescer, gerar emprego e renda para população”, afirmou.

Ela visitou uma cooperativa de recicalgem na capital paulista

Ela visitou uma cooperativa de recicalgem na capital paulista


Ciro quer aumentar impostos de super-ricos para aliviar mais pobres

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, propôs hoje (5)   aumentar os impostos dos super-ricos para aliviar os mais pobres, durante entrevista ao programa Pânico da Jovem Pan. "Cinco brasileiros, no nosso país, acumulam a renda e a fortuna de 100 milhões de brasileiros mais pobres. Eu tenho que ir para um modelo tributário que cobre mais dos super-ricos para diminuir o imposto dos pobres, da classe média e no consumo, que é o imposto indireto mais injusto. Porque aí, eu promovo a superação da miséria e da desigualdade". 

Ciro Gomes aproveitou sua participação no programa para falar sobre sua trajetória política que incluiu, na esfera federal cargos, como o ministro da Fazenda, em 1994, e da Integração Nacional, de 2003 a 2006. Segundo ele, sua candidatura tem o propósito de mudar o país.

Ele afirmou que é o único candidato que está propondo uma mudança dos modelos econômico e de governança política do país. “Eu tenho espírito público e me guio por ele. Para mim, política não é meio de vida. Eu só quero ser presidente ser for para mudar a história do Brasil”.

De acordo com Ciro, por mais que algumas pessoas vejam a política como um espaço de privilégio e de enganação, é preciso estimular a participação popular nas discussões política.

“Precisamos resgatar a compreensão de que tudo é política. O preço do feijão; do ônibus; a qualidade da saúde; da educação; se tem ou não segurança; o jeito de cobrar os impostos; de pagar as aposentadorias...tudo é política. E o sistema brasileiro gosta de desmoralizar a política, porque ela é o único fio desencapado, é [o único espaço] onde podemos desestabilizar tudo e começar algo completamente novo. E é nisso que estou apostando”, afirmou.

Na entrevista, o candidato também comentou sobre a situação política no Chile. "O Chile agora está numa 'pinimba' gravíssima. Há três anos, o povo foi em massa às ruas pedir uma nova constituição, contra o legado do [ditador Augusto] Pinochet [que governou o país de 1973 a 1990]. Fizeram uma Constituição completamente mistificadora, cheia de peculiaridades identitárias, uma série de baboseiras deste esquerdismo que vem dos EUA para substituir a falta de compromisso popular verdadeiro das esquerdas”, comentou Gomes. 

“O problema do Brasil é que o tamanho do Estado é absolutamente doentio quando a gente olha o pagamento de juros para bancos. Ele não é [inchado] em saúde, educação, [prestação de] serviços, infraestrutura, mas sim para o [pagamento de] juros. Este é o problema. E como a esquerda brasileira se vendeu a este modelo resolveram fazer aqui o esquerdismo à moda americana. Então, pegaram questões identitárias, hiperfragmentaram os interesses da sociedade e passou a falar de negros, de mulheres, de meio ambiente, como se fossem assuntos separados. E não se fala mais em superação da miséria, desigualdade”, comentou Gomes.

Candidato diz que quer mudar modelo econômico do país

Candidato diz que quer mudar modelo econômico do país

Vera propõe ações contra desmatamento, grilagem e garimpo ilegal

No dia da Amazônia, celebrado hoje (5), a candidata do PSTU à Presidência da República, Vera Lucia Pereira, apresentou, como propostas, o fim do desmatamento, da grilagem de terra e do garimpo ilegal na região amazônica. A candidata afirmou que, se eleita, expropriará as madeireiras que fazem queimadas, além de punir os garimpeiros ilegais e os grileiros.

“Pela Amazônia e seu povo, defendemos o fim do desmatamento, da grilagem de terra e do garimpo ilegal. [Vamos] implementar um plano de recuperação imediata das áreas desmatadas, expropriar as madeireiras que queimam a floresta e prender os garimpeiros ilegais e grileiros”, escreveu em suas redes sociais.

Candidata diz que vai expropriar madeireiras que fazem queimadas

Candidata diz que vai expropriar madeireiras que fazem queimadas


Vera ressaltou que irá demarcar todas as terras indígenas e quilombolas, e aumentará as áreas de preservação ambiental, com fortalecimento dos órgãos públicos de fiscalização. "[Vamos] fortalecer os órgãos ambientais, com execução integral do orçamento. [Vamos] contratar novas equipes para ações de fiscalização”.

A candidata disse ainda que pretende elaborar um plano de contingência, para barrar a destruição da floresta, e regulamentará a redução da emissão de carbono, com a expropriação das empresas que não cumpram as normas.

“O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática”, destacou.

Pablo Marçal quer incentivar a abertura de empresas

O candidato à presidência da República pelo Pros, Pablo Marçal, defendeu hoje (5) o estímulo à abertura de empresas no país. O candidato propôs a devolução de impostos para incentivar o que ele chamou de “empresarização” do Brasil. 

Candidato propõe devolução de impostos para estimular empreendimentos

Candidato propõe devolução de impostos para estimular empreendimentos


“A empresarização tem o objetivo de incentivar a abertura de empresas, mas também estimular o empresário a crescer e investir, através do retorno dos seus impostos. Porque são as empresas que vão gerar renda, empregos e fazer a inflação diminuir”, escreveu em suas redes sociais.

O candidato disse apoiar ainda o desenvolvimento individual de cada cidadão, e criticou a cobrança de impostos. “Uma nação só é próspera quando o povo prospera individualmente. O governo nunca vai te dar nada sem antes tomar algo de você. Quem produz de verdade é o povo”, acrescentou.

Nesta segunda-feira, a agenda de Pablo Marçal previa reunião com lideranças em Goiânia, entrevista para a emissora ABC News, e visita à feira Beauty Fair, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Lula volta a defender taxação de lucros e dividendos

O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu agenda de campanha hoje (5) em São Paulo. No início da noite, ele participou de um encontro com representantes da Frente Nacional de Defesa da Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Em seu discurso, ele defendeu a ampliação de recursos para o setor e pediu empenho dos seus apoiadores na eleição de parlamentares que possam ajudar a aprovar uma reforma tributária, a qual inclua uma taxação maior dos mais ricos.

Candidato do PT se reuniu com assistentes sociais em São Paulo

Candidato do PT se reuniu com assistentes sociais em São Paulo


"Vamos ter que eleger bastante deputados e senadores, porque nós precisamos fazer uma nova política tributária nesse país. A gente tem que desonerar o salário para onerar as pessoas mais ricas desse país. Lucros e dividendos têm que pagar imposto de renda", afirmou. 

Em seguida, ele enfatizou que o papel do Estado "é atender, sobretudo, às pessoas mais necessitadas". "O SUAS vai voltar muito mais forte, muito mais preparado, para vocês atenderem as pessoas com mais decência", acrescentou. 

Lula voltou a defender a retomada da realização das conferências nacionais e classificou a eleição deste ano como a "mais importante da história do desse país". No fim da manhã, Lula se encontrou com o presidente da Bolívia, Luis Arce, em um hotel na região central da capital paulista.

Segundo o ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que participou da reunião, entre os assuntos tratados estiveram a entrada da Bolívia no Mercosul, a integração regional, a cooperação em programas sociais e as exportações de gás para o Brasil. O processo para entrada da Bolívia no Mercosul começou em 2012, mas ainda não foi concluído. 

Manzano critica STF e diz que irá estatizar totalmente área da saúde

Em campanha na capital federal, a candidata do PCB à presidência da República, Sofia Manzano, criticou hoje (5) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso que suspendeu o piso salarial nacional da enfermagem, e disse que, se eleita, irá estatizar totalmente o setor da saúde no país.  

Candidata afirmou que revogará lei de responsabilidade fiscal

Candidata afirmou que revogará lei de responsabilidade fiscal


“Nossa candidatura defende a estatização completa da saúde, porque saúde não é mercadoria. Nós também defendemos, para além do processo eleitoral, a revogação da lei de responsabilidade fiscal, que é o que eles utilizam no Congresso Nacional para dizer que os municípios vão quebrar se pagarem o piso da enfermagem”, disse Manzano durante ato dos trabalhadores da enfermagem na rodoviária do Plano Piloto, em Brasília.

Barroso deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro do piso salarial, os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços. 

Segundo a candidata, a lei de responsabilidade fiscal faz com que recursos públicos sejam direcionados à iniciativa privada, e destrói o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Os municípios são impedidos de pagar a remuneração decente dos profissionais da saúde, da educação, e da ciência social, por causa dessa famigerada lei de responsabilidade fiscal que faz com que os recursos dos municípios, dos estados, e também do governo federal, sejam transferidos para as OS [Organizações Sociais], para as parcerias públicos privadas, para iniciativa privada lucrar em cima da saúde e da educação.”

Nessa segunda-feira, Sofia Manzano fez campanha em Brasília. A agenda dela previa visita ao campus Asa Norte da Universidade de Brasília (UNB), panfletagem na rodoviária do Plano Piloto e entrevista ao site Jovens Cronistas.

Léo Péricles manifesta apoio ao piso nacional da enfermagem

O candidato à presidente da República pela Unidade Popular (UP), Léo Péricles, se posicionou hoje (5) a favor do piso salarial da enfermagem, aprovado em junho pelo Congresso Nacional e sancionado no mês passado pelo governo federal. Em vídeo postado nas redes sociais, ele criticou a decisão publicada ontem (4) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, suspendendo a lei.

Candidato criticou decisão do STF em redes sociais

Candidato criticou decisão do STF em redes sociais


"Se quer tirar de algum lugar não pode ser dos trabalhadores da saúde. O Brasil já vive sob a Emenda Constitucional 95, que é aquela que congelou investimentos em saúde e educação por 20 anos. A saúde sofre cortes permanentes todos os anos e lembrando que ainda estamos sob uma pandemia em que os profissionais de enfermagem foram centrais pro povo brasileiro", disse Léo Péricles. 

Aprovada em 2016, a Emenda Constitucional 95 instituiu o chamado "teto de gastos": despesas e investimentos públicos foram limitados aos mesmos valores gastos no ano anterior, corrigidos pela inflação.

"Que cortem dos banqueiros, da dívida pública, dos muitos ricos, taxando as grandes fortunas", defendeu Léo Péricles. Segundo ele, o piso é uma conquista dos profissionais que estão se organizando através de sindicatos. "Todo apoio a esse processo de mobilização", acrescentou.

Sancionado no mês passado pelo presidente Jair Bolsonaro, o piso salarial nacional para enfermeiros foi fixado em R$ 4.750. Técnicos de enfermagem fariam jus a 70% desse valor, enquanto auxiliares de enfermagem e parteiras teriam direito a 50%. O piso nacional vale para contratados sob o regime da CLT e para servidores das três esferas (União, estados e municípios), inclusive autarquias e fundações.

A decisão de Barroso foi tomada no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222, apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde). A entidade alega que a lei seria inconstitucional porque a regra que define remuneração de servidores é de iniciativa privativa do chefe do Executivo, o que não ocorreu, e que a norma desrespeitou a auto-organização financeira, administrativa e orçamentária dos entes subnacionais. A CNSaúde também sustenta que a medida é danosa pois não foram definidas as fontes de custeio para pagar a conta.

Barroso deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro do piso salarial, os riscos de demissão no setor e eventual redução na qualidade dos serviços. "Na própria aprovação da lei, já foi feito estudo de impacto financeiro", critica Léo Péricles.

Felipe D'Avila diz que compensará emissões de carbono de sua campanha

Felipe D'Avila, candidato a presidente da república pelo partido Novo, anunciou hoje (5) que irá compensar as emissões de dióxido de carbono referentes a todos os deslocamentos, eventos e impressões de materiais da sua campanha. Segundo ele, uma consultoria especializada em sustentabilidade auxiliará no cálculo.

Candidato fez compromissos ambientais durante Dia da Amazônia

Candidato fez compromissos ambientais durante Dia da Amazônia


D'Avila se comprometeu a apresentar ao fim do período eleitoral um certificado relacionado aos créditos de carbono. Segundo o candidato, o anúncio foi feito em homenagem ao Dia da Amazônia, celebrado hoje.

A plataforma da campanha de D'Avila prevê um plano para transformar o Brasil em uma nação “carbono zero”. Entre as medidas previstas, está o combate ao desmatamento e a garimpos ilegais, o financiamento para o plantio de áreas florestais em pequenas propriedades rurais, a geração de energia limpa e medidas relacionadas com a bioeconomia.

Na semana passada, em campanha na cidade de Piracicaba (SP), Felipe D'Avila avaliou que o agronegócio brasileiro é ambientalmente sustentável. "Qual país do mundo que produz soja e mantém 35% de reserva legal como no cerrado? Qual país do mundo que produz uma tonelada de cacau e mantém 80% de reserva como na região Norte do país? O agro brasileiro é muito sustentável. O que temos que fazer é ter uma política ambiental para combater o desmatamento e mudar a imagem internacional do Brasil", disse.

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