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30/08/2022 às 14h35min - Atualizada em 30/08/2022 às 14h35min

Confira o dia dos candidatos à Presidência da República

Agência Brasil
Foto: Divulgação
Bolsonaro diz que reajustará salário de servidores em 2023

O candidato à reeleição pelo PL para o cargo de presidente, Jair Bolsonaro, disse hoje (30) que em 2023 o governo fará um reajuste para os servidores públicos, que estão há três anos com os salários congelados. “A gente vai fazer, com responsabilidade, vai atender às categorias que passaram momentos difíceis, mas acredito que com o não concurso, a aposentadoria [reforma da Previdência] e outras coisas, a gente encaixa dentro da [lei de] responsabilidade esse extra que vamos conceder de reajuste aos servidores”, disse.

Candidato participou de evento com presidenciáveis em Brasília - Foto: José Cruz/Agência Brasil

Candidato participou de evento com presidenciáveis em Brasília - Foto: José Cruz/Agência Brasil


De acordo com o presidente, isso inclui a reestruturação de carreiras como da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No fim do ano passado, Bolsonaro tinha prometido destinar uma verba já prevista de R$ 1,7 bilhão para reajustar salários dos agentes federais de segurança, que são justamente os policiais federais, agentes penitenciários e policiais rodoviários federais. No entanto, os servidores de outras carreiras reagiram mal ao aumento de salário exclusivo para as forças de segurança e o governo reavaliou a proposta.

Ele reafirmou ainda que a reforma administrativa enviada pelo governo ao Congresso, que cria novos vínculos, não mexe com a estabilidade dos atuais servidores. “A proposta que está lá é para os futuros servidores e não para ao atuais. Vamos respeitar o direito adquirido”.

O candidato participou, em Brasília, do evento Diálogos com Candidatos à Presidência da República promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS). Antes dele, o candidato Ciro Gomes (PDT) também falou aos representantes do setor. Ainda hoje, está prevista a participação da candidata Soraya Thronicke (União) no evento. Ao final, os candidatos receberão um documento com as principais demandas de comércio e serviços.

Fim do IPI
Bolsonaro comentou ainda a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de zerar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “Ele fala que, com isso, vai buscar a reindustrialização do nosso país. Se a gente não baixar a carga tributaria fica sujeito, via fronteira, de entrar um material mais barato [contrabando]. Não tem uma palavra mágica para resolver esse problema, resolver é tirando o Estado das costas de vocês”, disse aos empresários do setor de comércio e serviços.

De acordo com o presidente, desde o início do governo, a equipe vem trabalhando na desburocratização, simplificação e redução da carga tributária, além da melhoria do ambiente de negócios. No caso do IPI, o governo federal já conseguiu reduzir em até 35% o valor do imposto cobrado da maioria dos produtos fabricados no país, à exceção de parte dos fabricados na Zona Franca de Manaus. Segundo Bolsonaro, o desejo é chegar a 50% até o fim do ano.

Ciro diz não poder reduzir carga tributária sem resolver crise fiscal

Candidato à Presidência da República pelo PDT, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes disse hoje (30) que a situação fiscal dos estados brasileiros é um obstáculo à aprovação de qualquer proposta de reforma tributária que busque reduzir a carga dos impostos.

Candidato à Presidência pelo PDT participou de evento em Brasília - Foto: Reuters/Adriano Machado/Direitos Reservados

Candidato à Presidência pelo PDT participou de evento em Brasília - Foto: Reuters/Adriano Machado/Direitos Reservados


“Nosso país está com uma crise fiscal que nos impede de solucionar qualquer problema estratégico [causado] por um conflito distributivo”, declarou Ciro a centenas de empresários que participam, em Brasília, de um evento da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) com presidenciáveis.

“O justo interesse do empresariado na redução da carga tributária e simplificação do modelo [de cobrança de tributos] colide com o centro do conflito distributivo do país, que é a dilaceração do Pacto Federativo”, afirmou o candidato, destacando que 23 das 27 unidades federativas estão no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece restrições à execução orçamentária.

“Nenhum deles [estados] pode abrir mão de um centavo de suas receitas”, comentou Gomes, apontando para eventuais dificuldades dos governos estaduais honrarem seus compromissos e investirem em áreas essenciais.

“Dentro de um [contexto de possível] colapso fiscal, não posso dizer que vou reduzir a carga tributária, a música que os senhores queriam ouvir. O que posso prometer é deslocar a carga tributária do consumo, carregando um pouco a mão sobre o patrimônio da pessoa física”, disse o candidato, assegurando que, se eleito, buscará taxar grandes fortunas; unificar seis impostos em um único, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e renegociar os termos do pacto federativo.

“Proponho reestruturar tudo isso. Reformular o conjunto da dívida dos estados em troca de um volume de investimentos [públicos] que possa dizer de onde virá o dinheiro para retomarmos o desenvolvimento brasileiro”, prometeu Ciro Gomes antes de criticar o Teto de Gastos – mecanismo fiscal aprovado em 2016, por meio de uma emenda constitucional que, basicamente, vincula o crescimento das despesas públicas à variação da inflação do ano anterior, por 20 anos.

Lula diz que desenvolvimento da Amazônia precisa preservar floresta

Candidato petista concedeu entrevista à emissora de rádio de Manaus - Foto: Divulgação

Candidato petista concedeu entrevista à emissora de rádio de Manaus - Foto: Divulgação


O candidato do PT à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (30) que é preciso conciliar o desenvolvimento econômico da região amazônica com a preservação ambiental. “É plenamente possível você trabalhar corretamente a questão climática, a questão ambiental e você dar a segurança necessária para que você possa fazer uma ou duas estradas que possam interligar o estado do Amazonas com o restante do país”, disse em entrevista à Rádio Mais Brasil FM, de Manaus (AM), retransmitida pelas redes sociais do candidato.

As obras de infraestrutura devem, segundo Lula, ser objeto de um “estudo profundo” para determinar as exigências que façam com que o impacto no meio ambiente seja o menor possível. Lula voltou a defender que, a partir de pesquisas científicas, sejam identificadas substâncias da floresta que possam ter utilidade industrial e comercial.

“Ao mesmo tempo nós temos que saber que é plenamente possível não fazer mais desmatamento, a gente não fazer mais queimada e tentar explorar cientificamente a biodiversidade existente em toda a Amazônia. Para que a gente possa tirar dessa riqueza o fortalecimento da indústria na área de fármacos, na área de cosméticos”, acrescentou.

Esses investimentos podem ser feitos, na opinião do candidato, a partir de cooperação com instituições e empresas de outros países. “Nós temos que fazer com que pesquisadores do mundo inteiro, administrados pela soberania brasileira, possa pesquisar para que a gente saiba o que podemos tirar da Amazônia de proveito para o próprio povo da Amazônia e do Brasil inteiro”, disse.

O desenvolvimento baseado em tecnologia é o caminho, segundo Lula, para promover a expansão econômica sustentável na região. “Um processo de inovação para que a gente possa garantir que para o estado do Amazonas a gente não vai levar nenhuma empresa poluidora”, enfatizou.

Lula disse ainda que quer fazer investimentos na Polícia Federal e outros órgãos que fiscalizam a Amazônia, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). “A Funai vai voltar a funcionar com toda a força. O Ibama vai voltar a funcionar com toda a força”, ressaltou.

Simone Tebet fala em erradicação da fome e promete manter auxílio

A candidata do MDB à presidência da República, Simone Tebet, visitou, hoje (30), o “Mesa de Taubaté”. Criado há um ano, durante a pandemia, pela prefeitura da cidade do interior paulista, a iniciativa distribuiu cerca de 300 mil pratos de sopas em pouco mais de um ano. Os alimentos são produzidos em uma cozinha-piloto e os ingredientes, doados por pessoas e entidades.
Ela também defende que municípios tenham autonomia sobre CadÚnico - Foto: Divulgação

Ela também defende que municípios tenham autonomia sobre CadÚnico - Foto: Divulgação


O projeto oferece ainda o Cartão Mesa Taubaté em substituição às cestas básicas. Ele dá maior autonomia às famílias na hora das compras, permitindo a escolha de produtos que melhor atendam suas necessidades. O programa injeta cerca de R$ 700 mil por mês na economia local.

Ao falar sobre sua política para combater a fome, caso seja eleita, Tebet disse que erradicar a miséria e matar a fome são prioridades absolutas. A emedebista disse que cerca de 500 mil assistentes sociais e agentes comunitários terão 30 dias para identificar quem passa fome no país. “Tudo para que um menino como o Miguel, de 11 anos, de Belo Horizonte, não tenha de ligar para o 190, telefone da Polícia Militar, pedindo ‘pelo amor de Deus, venha aqui que estou há três dias sem comer’”, afirmou ao lembrar o caso que foi amplamente divulgado pela imprensa recentemente.

Tebet defendeu ainda que os municípios tenham autonomia sobre o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), que reúne a base de dados do governo federal com informações sobre famílias que vivem em situação de vulnerabilidade no país. Para ela, é preciso “devolver esse sistema para quem sabe fazer gestão, para quem sabe cuidar das pessoas, que são os municípios.” Simone prometeu que a transferência de renda de R$ 600, valor garantido até 31 de dezembro deste ano, também será feita no ano que vem.

Nesta tarde, ainda no ABC paulista, Simone Tebet visita o Parque Tecnológico de São José dos Campos Caminhada e o Mercado Municipal da cidade. De noite ela faz uma live com apoiadores.

Candidata Vera promete ampliar políticas da Lei de Cotas

A candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lucia, disse hoje (30) que, caso seja eleita, ampliará as políticas da Lei de Cotas, de forma a evitar que dificuldades financeiras acabem por resultar na evasão de estudantes cotistas das universidades brasileiras.

Ela usou o Twitter para propor medidas na área de educação

Ela usou o Twitter para propor medidas na área de educação


Vera usou suas redes sociais para lembrar que a Lei de Cotas foi uma “conquista de décadas de lutas” que acabou por resultar em uma “mudança na composição social e racial dos institutos de ensino federais”, em especial nas universidades que, até então, eram “espaços ocupados pelos filhos dos ricos: ampla maioria brancos”.

“Não temos dúvidas de que esta mudança ainda está muito distante da universidade que precisamos. Mas afirmamos que as cotas foram uma conquista, que pode e deve ser ampliada com políticas de permanência. Não basta só entrar nas universidades, é preciso permanecer”, disse a candidata por meio de sua conta no Twitter.

A candidata pelo PSTU disse que é importante garantir verbas para a área de educação voltadas à permanência dos cotistas em universidades.

“Outro limite da Lei [de Cotas] que precisa ser superado é o fato de que não está inserido num projeto global de reparações. A nossa luta é por inserir as ações afirmativas numa perspectiva global de luta contra o racismo em toda a sociedade e pela destruição do sistema que dele se beneficia”, acrescentou dizendo-se preocupada com o risco de essa legislação acabar se transformando em letra morta – termo utilizado para se referir a uma lei quando ela não é cumprida.

Segundo a candidata, ao aperfeiçoar a Lei de Cotas, seu governo evitará a manutenção de obstáculos como desemprego, salários miseráveis e falta de acesso à saúde e moradia.

Soraya: imposto único isentará de IR quem recebe até R$ 6 mil

Candidata participou de evento com empresários hoje em Brasília

Candidata participou de evento com empresários hoje em Brasília


A candidata do União Brasil à presidência da República, Soraya Thronicke, afirmou hoje (30) que a implementação da sua proposta de imposto único federal (IUF) isentará, do Imposto de Renda (IR), os trabalhadores com salário de até cinco salários-mínimos (R$ 6.060). O IUF, de acordo com a candidata, será de 1,26% sobre as movimentações financeiras e substituirá 11 impostos federais.

“Esta proposta vai desonerar todos os brasileiros da contribuição previdenciária. E vai desonerar o empresariado em torno de 20%”, disse Thronicke, em evento promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), em Brasília.

“Pode significar, para quem ganha só um salário-mínimo, que já é isento do imposto de renda, apenas 8% a mais no bolso. Mas sejam sinceros comigo, vocês podem dar 8% de aumento para os seus funcionários hoje, para todo mundo?”, questionou a candidata aos empresários.

Soraya Thronicke ressaltou que, uma vez eleita, terá mais condições de tirar a proposta do papel, já que a alteração nos tributos precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. “Quando você tem o governo na mão, você consegue articular melhor. Nós entendemos também que falta informação [sobre o IUF]. São muitas propostas caminhando e quem tem o controle ali das duas casas não está necessariamente voltado para aquilo”.

Segundo o projeto do Imposto Único Federal, elaborado pelo economista Marcos Cintra e candidato à vice-presidência na chapa de Thronicke, seriam eliminadas as exigências de emissão de notas fiscais, preenchimento de guias de arrecadação, declarações de renda ou de bens.

De acordo com a proposta, com a adoção do IUF, deixariam de existir os seguintes tributos: Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), contribuição previdenciária patronal, do servidor público e dos empregados; Salário-Educação, contribuição ao Sistema “S”, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição de Intervenções no Domínio Econômico (Cide) dos Combustíveis, e remessas ITR e IOF; e Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para aqueles que recebam até cinco salários-mínimos. Empresas do Simples teriam a eliminação dos tributos federais no Documento de Arrecadação do Simples Nacional.

Marçal pede que eleitores conheçam e estudem os candidatos

O candidato do Pros à Presidência da República, Pablo Marçal, pediu hoje (30) que os eleitores estudem e busquem conhecer melhor os presidenciáveis. De acordo com o candidato, “não faz sentido a escolha se limitar sempre à mesma coisa quando você tem inúmeras possibilidades”. 

Candidato deu entrevistas e gravou material de campanha nesta terça

Candidato deu entrevistas e gravou material de campanha nesta terça


“Eu quero ver o cardápio. Quero que as pessoas tenham opção. Quero que vocês conheçam os candidatos. Estude todos e escolha o que você acha melhor. #ChegaDesses2”, escreveu em suas redes sociais. 

Nesta terça-feira, Marçal fez lives no YouTube, no início da manhã e às 12 horas. Também concedeu entrevista, pela manhã, ao portal JK News, e gravou material de campanha à tarde.

Felipe D'Avila diz que Novo faz uma oposição responsável

O candidato à Presidência da República pelo Novo, Felipe D’Avila, disse hoje (30) que seu partido faz uma oposição responsável ao governo. A declaração foi dada durante entrevista ao vivo ao jornal Gazeta do Povo. Em questionamento, um repórter observou que apesar de se classificar como oposição, o Novo votou a favor de matérias propostas pelo governo e alguns parlamentares da legenda já elogiaram publicamente o presidente Jair Bolsonaro.


"No Brasil, nós não estamos acostumados a lidar com uma oposição responsável. E aí fica essa dubiedade. Nós votamos com o governo as pautas que interessam ao país. Nós votamos com o governo a reforma da previdência, o novo marco do saneamento, a nova lei das startups, a independência do Banco Central", disse D'Avila.

O presidenciável prometeu, se eleito, acabar com o "orçamento secreto", termo que vem sendo usado para designar as emendas de relator, através das quais verbas são liberadas a deputados e senadores para financiar obras em suas bases eleitorais.

D'Avila dedicou o dia a atender veículos de imprensa. Foram quatro entrevistas ao vivo. 

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