AtaNews Publicidade 728x90
29/08/2022 às 16h21min - Atualizada em 29/08/2022 às 16h21min

Confira o dia dos candidatos à Presidência da República

Agência Brasil
Foto: Divulgação
Vera promete “inversão imediata” de políticas voltadas a jovens

A candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lucia, divulgou hoje (29) um vídeo no qual apresenta algumas das prioridades de seu governo, caso seja eleita, para a juventude – em especial para os jovens negros e pobres das periferias do país, vítimas de violência policial e do desemprego.


A candidata está em Passo Fundo (RS) cumprindo agendas de panfletagens, entrevistas e de eventos de outras candidaturas locais. No vídeo divulgado, Vera disse que a relação entre juventude e vanguarda das grandes lutas do país se deve ao fato de não haver, para os jovens, "alternativas à situação atual".

“Não existem perspectivas de emprego, o que impõe, a eles, o desemprego ou o subemprego ultraprecarizado de entrega de comida, serviços de motoboy, call center”, disse a candidata.

Vera acrescentou que as condições de educação, saúde, esporte e cultura são, para os jovens, “péssimas, acompanhando a decadência do país”. “Além disso, a violência policial mata diretamente os jovens negros nas periferias”, complementou.

“Defendemos uma inversão imediata dessa realidade: emprego para todos os jovens, como parte do plano de obras públicas; auxílio emergencial de um salário mínimo para todos os jovens desempregados; fim da violência policial contra a juventude negra; garantia de educação e saúde públicas gratuita e de qualidade”, disse a candidata.

Ela defendeu também investimentos no esporte e na cultura “para possibilitar a inclusão da energia física e criativa da juventude do país” e acesso gratuito à internet para todo este público.

Ciro Gomes pede ajuda de empresários para debater modelo econômico


O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, pediu a empresários que o ajudem a pautar o debate sobre as distorções do modelo econômico brasileiro e as consequências da elevação da taxa de juros para a sociedade.

“Se a taxa de juros de uma economia é consistentemente superior à rentabilidade média dos negócios, esta economia para”, disse o trabalhista ao participar, hoje (29), de um debate promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib).

Ciro Gomes, que promete uma reforma fiscal, a reestruturação do pacto federativo e maior estímulo ao investimento público em parceria com a iniciativa privada, vem criticando repetidamente o que classifica como um sistema de transferência de renda da força produtiva para o setor financeiro, na forma do pagamento de altas taxas de juros.

“Ajudem-me a fazer isso chegar à inteligência do nosso povo, maior vítima disso e que só vai entender [o tema] se houver uma grande corrente de opinião [feita] por nós, que temos capacidade de ajuizar estas coisas e traduzi-las pedagogicamente”, acrescentou o candidato ao afirmar que a fórmula econômica adotada no país há pelo menos três décadas desestimula a atividade produtiva, prejudicando a renda do trabalhador, a lucratividade de quem produz e minando os recursos públicos que deveriam ser destinados a áreas importantes.

“Aquele que repete uma retórica inconsequente; que diz que saúde, educação ou segurança pública são prioridades, mente ou revela uma alienação, pois o Brasil não terá condições de priorizar isto ou aquilo [mantendo o atual modelo econômico]”, afirmou Gomes, voltando a citar que o país precisaria aplicar 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) apenas para manter a infraestrutura já existente, mas investe apenas cerca de 1,3%.

“E sem infraestrutura a economia não anda. A produtividade sistêmica do Brasil decai há décadas. Parte disso tem a ver com a destruição da nossa indústria e parte com o envelhecimento do parque tecnológico brasileiro”, disse Ciro antes de voltar a sua proposta inicial. “Portanto, repito: será uma indesculpável alienação ou uma mentira grosseira falarmos sobre infraestrutura [ou qualquer outra prioridade] sem enfrentarmos o debate sobre a inflação e o financiamento do Estado brasileiro. Dois temas que o debate político tem que aclarar”, pontuou o candidato, lamentando que o que classificou como “futricas” eleitorais ocupem espaço do debate político.

Soraya diz que preservará relações com principais parceiros comerciais


A candidata à Presidência da República pela União Brasil, Soraya Thronicke, disse, hoje (29), que, se eleita, preservará as relações comerciais do Brasil com outros países independentemente das linhas ideológicas dos governos. Dirigindo-se aos empresários durante evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Soraya revelou que, como presidente, preservará, com todos países, relações que possam trazer ao Brasil benefícios econômicos e comerciais, e que, para isso, terá por princípio respeitar a soberania de cada um deles.

Segundo ela, é inadmissível que declarações coloquem em risco as relações entre Brasil e seu principal parceiro comercial – no caso, a China.

“Os senhores [empresários] têm clientes. Tratam diferente clientes antigos e novos? Clientes novos podem ser os principais no futuro. Não vamos invadir soberania dos outros países nem nos meter nas questões deles. Nossas relações são comerciais”, disse a candidata.

Ela acrescentou que, por meio da economia, todos os problemas do país poderão ser resolvidos. “O problema da saúde, da educação, das relações externas, do transporte… é tudo economia. Se a economia não vai bem, não há sequer o que conversar”, argumentou.

Durante a conversa, a candidata voltou a reiterar o principal ponto de seu projeto de governo: o imposto único. “Vamos substituir 11 tributos federais por um só imposto”, disse a candidata ao desafiar economistas a debaterem o tema com ela.

Lula: é preciso fortalecer ONU para combater mudanças climáticas


O candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje (29) que é preciso fortalecer a Organização das Nações Unidas (ONU) para combater as mudanças climáticas. “A gente não resolverá a questão climática se não tiver uma governança mundial que decida e que todos tenham que cumprir”, disse, ao discursar em um encontro com deputados do Parlamento Europeu, em um hotel na capital paulista.

Segundo Lula, para aumentar a força das deliberações da ONU é necessário repensar a estrutura da organização. “A ONU de 2022 não pode continuar sendo a ONU de 1948. A geografia do mundo mudou, os países mudaram. Houve um avanço cultural extraordinário. O que nós precisamos é repactuar os participantes da ONU”, ressaltou.

O candidato acredita que, só assim, será possível fazer com que as decisões tomadas no fórum internacional tenham efeitos concretos e sejam colocadas em prática. “Se a gente quiser continuar discutindo a questão climática, decidindo nos encontros que vai fazer a nível internacional e depois cada país tenta resolver o negócio no seu Estado nacional, lamento, não vai acontecer”, disse sobre a falta de efetividade atual dos acordos.

O Brasil tem, na opinião de Lula, condições de ocupar um papel de destaque na transição para uma economia com baixa emissão de gases do efeito estufa. “O Brasil pode ser o protagonista disso. O Brasil pode utilizar a Amazônia para que a gente possa extrair, das riquezas da biodiversidade, o suficiente para sustentar quase 30 milhões de brasileiros que moram naquela região”, disse.

O desenvolvimento de pesquisas que permitam o uso sustentável da floresta precisa ser feito, segundo Lula, em parceria com outros países. “Nós precisamos de ajuda, de parceria, seja do ponto de vista de investimentos, seja do ponto de vista de ciência e tecnologia, a participação da construção de um mundo efetivamente limpo, sem emissões de gás carbônico”, acrescentou.

O candidato enfatizou, no entanto, que o Brasil não vai abrir mão da soberania sobre o próprio território. “Aqui no Brasil a gente não abre mão da soberania da Amazônia. Mas, é importante lembrar que a Amazônia não é só nossa. Nós temos Amazônia na Venezuela, na Colômbia, no Peru, no Equador, na Bolívia e nas três Guianas”, disse.

Sofia Manzano: ministérios terão composição paritária de gênero


A candidata à Presidência da República pelo PCB, Sofia Manzano, disse hoje (29) que a composição de seu governo terá ampla participação de mulheres, LGBTs e das populações negras e indígenas, “desde que sejam representantes da classe trabalhadora”, disse ela nas redes sociais.

“No nosso governo, os ministérios terão composição paritária de gênero! Também haverá ampla participação de LGBTs, negros, negras e indígenas”, disse a candidata no Twitter.

Sofia Manzano apresentou algumas das medidas que seu governo adotará em prol das mulheres, caso seja eleita. Ela prometeu assegurar Previdência Social para as mulheres com mais de 55 anos; bem como políticas de assistência social para as mulheres vítimas de violência, além de campanhas permanentes de combate a todas as formas de violência contra a mulher.

Outras promessas apresentadas pela candidata foram a ampliação da licença maternidade; a legalização do aborto, "com garantia de atendimento pelo SUS”; a criação de políticas públicas que possibilitem a emancipação da mulher dos trabalhos domésticos; e pleno emprego para toda classe trabalhadora.

Simone Tebet propõe programa para proteção de gestantes e bebês


A candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, defendeu nesta segunda-feira (29) um conjunto de medidas para criar uma rede de proteção de crianças, jovens e suas famílias. Chamado de Mãe Brasileira, o projeto tem o objetivo de garantir o atendimento pelo SUS a mulheres desde o início da gravidez.

Segundo a proposta de Simone Tebet, a medida oferece ao menos seis pré-natais, um enxoval básico para o bebê, vale-transporte e, entre outros pontos, o acompanhamento médico para o recém-nascido ao longo de um ano. “Não pode haver nada pior para uma mulher do que sentir a dor do parto e não saber se vai conseguir vaga num hospital para dar à luz”, disse a candidata, durante agenda em São Paulo, ao lado da candidata à Vice-Presidência, Mara Gabrilli.

O projeto estabelece como prioridade a educação, com especial foco no ensino infantil e no médio. “Vamos concluir todas as obras inacabadas de creches e fazer parcerias com municípios para ampliar o número de vagas existentes”.

Simone Tebet apresentou ainda a proposta do programa Poupança Jovem, como forma de incentivar a conclusão do ensino médio por parte dos estudantes brasileiros. Por meio da iniciativa, o governo depositará todo ano uma quantia em uma conta de poupança dos estudantes de baixa renda. O valor poderá ser resgatado ao final do curso. Hoje, a estimativa é que ele possa atingir R$ 5 mil. “Ainda vamos fomentar o ensino em período integral e usar o 5G para garantir a conectividade das escolas públicas.”

Agenda 227
A agenda fez parte do encontro com representantes da sociedade civil, reunidos em torno da Agenda 227. O nome do grupo remete ao artigo da Constituição Federal que assegura à criança e ao adolescente uma série de direitos, como saúde, alimentação, educação, profissionalização e cultura. A entidade consolidou um conjunto de 148 propostas, identificando problemas e propondo soluções para entraves em diversas áreas que afetam esses grupos populacionais. Tal material está sendo apresentado aos candidatos à Presidência.

Mais cedo, Simone Tebet disse que agora é que está podendo se apresentar ao país e que as pessoas estão podendo pesquisar mais sobre os candidatos. “O termômetro é assim, agora a gente acha que tem em quem votar. Nós não precisamos escolher entre o menos pior, essa é uma eleição de dois turnos”.

Marçal promete que Brasil terá maior salário da América Latina


O candidato do PROS à Presidência da República, Pablo Marçal, anunciou hoje (29) que, caso seja eleito, o Brasil terá o maior salário-mínimo da América Latina. De acordo com o candidato, a promessa é que os brasileiros passem a receber mensalmente, no mínimo, R$ 2.229,11. 

“Esse é um compromisso que assumo com todos os brasileiros: a maior economia da América Latina pagará o maior salário-mínimo”, disse. “Sou um único com propostas sólidas e tenho o direito de levá-las ao conhecimento do povo brasileiro, especialmente àqueles que querem uma alternativa contra essa polarização”, acrescentou.

O candidato do PROS criticou novamente a disputa ideológica entre esquerda e direita no país, e defendeu ações para levar comida e criar emprego para os brasileiros. 

“Chega de ideologia maluca! Nem esquerda nem direita! Eu quero comida na mesa do brasileiro, quero geração de empregos e o Brasil se tornando a potência que deveria ser há anos, mas esses políticos já demonstraram que não são preparados e que não têm capacidade pra isso”, disse.

Nessa segunda-feira, pela manhã, o candidato concedeu entrevista para o veículo Eixo Nacional, e gravou material de campanha. Almoçou com lideranças estaduais do partido e, no fim da tarde, deu entrevista ao SBT News.
 

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »