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06/12/2019 às 14h33min - Atualizada em 06/12/2019 às 14h33min

Síndrome de Estocolmo

OPINIÃO DO LEITOR

Marcelo Oliveira
Para quem não conhece o termo, este se refere à um estado psicológico em que uma vitima de encarceramento chega a estabelecer sentimentos de amizade ou mesmo amor por seus algozes.
 
Existe uma frase atribuída a Nicolau Maquiavel que diz “como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão”.

Ainda que a autoria desta frase não seja da personagem a mesma está coberta de sentido, pois vemos, no Brasil contemporâneo, inúmeros exemplos disso.

Vamos começar pelo aspecto religioso.

Vemos uma legião de milhares de pessoas escravizadas por líderes que buscam tão somente vantagens pessoais, tornando-se a cada dia mais ricos e tornando as pessoas simplórias cada dia mais pobres e, pior, afastando-as cada dia mais e mais de Deus, pois acabam tornando a prosperidade seu deus pessoal.

Temos entre estes Edir Macedo, R. R. Soares, Valdemiro Santiago, Agenor Duque, e tantos outros. A seus seguidores, ao apresentarmos argumentos e fatos contra os déspotas, nos tornamos tal qual inimigos, não importando tão quão suaves nos portamos ou argumetnos que usamos, e vemos uma adoração irracional a estes lideres.

Há ainda no meio “cristão” outros tipos de escravidão, como a valorização maior de tradições vazias que ao próprio Deus.

Trazendo este raciocínio para a vida política e diária, nos deparamos com pessoas presas à crenças de “direitos adquiridos” sem nem mesmo saber sobre estes.

Um exemplo clássico é o FGTS, uma poupança COMPULSÓRIA (desconfie de tudo que é compulsório) que o governo abarca sem permissão o dinheiro do trabalhador dando-lhe uma remuneração até mesmo inferior à poupança, mas que muitos se indignam com a simples menção de sua extinção.

Atualmente temos uma pequena percentagem de brasileiros pedindo um “governo moderado” através de políticos profissionais que nunca fizeram nada pelo pais, ou mesmo o retorno de um governo que saqueou o país, mas que “fez muito”, isto é, roubou meu carro, mas me dá carona.

O brasileiro precisa acordar e se libertar do sentimento de amor por seus algozes e também parar de tratar sua própria vida como um jogo de futebol, onde escolhe um time e permanece fiel a vida toda a este, mesmo que seja o Bragantino.


"Marcelo Oliveira, teólogo e ativista político, apaixonado por leitura"



“Religião e política não se discute.”
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