10/09/2021 às 13h35min - Atualizada em 10/09/2021 às 13h35min

A FAVOR DOS CIRCOS - mas, sem animais

Gilberto Pinheiro

Gilberto Pinheiro

Amigos dos animais. Somos o coração, a alma, a voz dos animais. Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil.

O circo tem longa trajetória na história da Humanidade e, no Brasil, ele fez e faz sucesso.  Na década de 1960, inclusive, havia até programa televisivo circense, com os palhaços Carequinha, Arrelia e outros.  A princípio, sabe-se que surgiu na China, há pelo menos cinco mil anos, segundo pesquisas e descobertas através de pinturas rupestres, onde  aparecem acrobatas, contorcionistas, equilibristas, etc.  Também, foram encontradas nas paredes das pirâmides no antigo Egito. 

Há fortes indícios que a profissão de domador de animais tenha surgido também neste país africano, para a satisfação dos faraós de outrora, exibindo animais em desfiles militares.   Há outros registros que na Grécia Antiga o circo tinha tradição popular.

E seguindo esta mesma trajetória milenar, o Império Romano não era exceção - o circo tinha sua popularidade, como no Coliseu alguns animais entretinham a sociedade sequiosa de divertimento, , engolidores de fogo e gladiadores divertiam a plateia com tais apresentações. E com a queda do Império Romano o circo se expandiu pela Europa em praças públicas e chegou ao nosso país depois de muitos anos.   Claro que tal tradição deve ser mantida, porém, com uma ressalva - não aceitamos animais nestes recintos, uma vez que são torturados para obedecer o comando dos tratadores.   

Destaca-se que o  circo tem sua história emblemática de ludicidade e,  no Brasil,  não é diferente.   Durante décadas serviram-se de animais  de forma cruel e inaceitável, o que não cabe mais nos dias de hoje, haja vista as leis protetivas aos animais.  Em alguns Estados brasileiros  como o Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraíba e Maranhão estão proibidas as apresentações, utilizando-os e tais  proibições precisam ser estendidas a todos os demais Estados brasileiros.

Portanto, ratifico que sou favorável ao espetáculo circense, todavia, sem utilização de animais. Os circos Popular do Brasil, Spacial, Trapézio e, no exterior,  Cirque du  Soleil são ótimos exemplos de espetáculos que entretêm os adultos e divertem as crianças. E o mais importante: não utilizam animais.
Em síntese,  espetáculos circenses, sim! Com uma ressalva: sem a presença de animais pois eles sofrem muito para aprender a obedecer aos seus cuidadores.

Gilberto Pinheiro é jornalista, palestrante
em escolas, universidades, ex-consultor da CPDA/OAB,
Comissão de Proteção e Defesa dos Animais
da Ordem dos Advogados do Brasil.


E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
João 8:32

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