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24/08/2018 às 11h30min - Atualizada em 24/08/2018 às 11h30min

Empresa americana concede licença para tutores de animais

Funcionários podem trabalhar de casa por uma semana caso recebam novos cachorros ou gatos.

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Divulgação
Uma empresa de marketing de Minneapolis, nos EUA, decidiu atualizar os benefícios dados aos seus funcionários. Além de um aumento no vale transporte, eles foram contemplados com um motivo inusitado para não sair de casa: a “fur-ternity leave”, espécie de licença maternidade/paternidade para animais domésticos. Ou sejam, funcionários podem trabalhar de casa por uma semana caso recebam novos cachorros ou gatos.

“Foi, de certa forma, uma decisão fácil”, diz Allison McMenimen, vice presidente da Nina Hale, que ajudou a criar a nova política. “A ideia de oferecer benefícios que apenas mantêm funcionários dentro do escritório está ultrapassada”.

Nas últimas décadas, muitas empresas americanas reformularam os pacotes de benefícios com o objetivo de manter funcionários e seduzir novos recrutas. Gigantes da tecnologia como Facebook e Google foram além e passaram a proporcionar refeições sofisticadas nas cafeterias e academias e creches no local de trabalho.

No entanto, em relação a animais domésticos, poucas parecem ter ido além de permitir que o funcionário leve seu cachorro para o escritório por um dia. Uma empresa italiana aceitou, no ano passado, que uma mulher tirasse licença remunerada quando seu cachorro ficou doente. Funcionários da americana mParticle também podem usufruir de uma licença de duas semanas caso adotem um cão resgatado.

Connor McCarthy, gerente sênior de contas da Nina Hale, foi o último funcionário a pedir permissão para trabalhar de casa por conta de um novo animal. Em maio, ele estava finalizando o processo de adoção de um Goldendoodle filhote chamado Bentley. McCarthy diz ter lido bastante sobre as dificuldades de ajudar um cachorro se adaptar a um novo ambiente.

“Pode ser uma situação estressante ir para um novo lar”, disse.

Preocupado com o fato de Bentley, que na época tinha apenas 2 meses, ficar sozinho, McCarthy perguntou ao seu chefe e à McMenimen se ele poderia trabalhar de casa na primeira semana após a adoção para ajudar Bentley a se adaptar e ir ao banheiro do lado de fora da casa. A resposta foi quase imediata. “Claro”, eles disseram.

Mesmo sob os olhares atentos do tutor, Bentley sofreu alguns acidentes no novo lar. No entanto, McCarthy notou que o animal aprendia rápido. “Foi muito bom estar presente durante a transição”, disse McCarthy.

Muitos dos 85 funcionários da Nina Hale já pediram, nos últimos anos, para trabalhar remotamente após levar para casa um novo cachorro ou gato, afirma McMenimen. Segundo ela, a empresa começou a considerar formalizar a prática em maio, após o pedido de McCarthy. A política foi revelada oficialmente em julho.

“Para muitas pessoas, os animais doméstico são como filhos”, conta a vice presidente, que também está pensando em ter um. “Nossos funcionários estão em diferentes fases das suas vidas”.
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