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19/09/2024 às 10h07min - Atualizada em 21/09/2024 às 06h26min

As varejistas brasileiras devem se preocupar com a chegada da Temu? Especialista explica

A chegada de grandes players internacionais como a Temu levanta dúvidas e preocupações entre as varejistas brasileiras

MARCUS SANTANA
www.agenciasucellus.com
Divulgação / Climba

Em um mercado cada vez mais competitivo, a chegada de grandes players internacionais como a Temu levanta dúvidas e preocupações entre as varejistas brasileiras. 

 

Para entender melhor o impacto dessa nova concorrente e explorar estratégias para se manter relevante no mercado, conversamos com Rafael da Cunha, CEO da Climba Commerce e especialista em varejo. 

 

Nesta entrevista exclusiva, ele compartilha suas perspectivas sobre os desafios e oportunidades que as varejistas locais enfrentam com a chegada da Temu ao Brasil.

 

Pergunta: Rafael, como você vê a chegada da Temu ao mercado brasileiro? As varejistas locais devem estar preocupadas?

 

Rafael da Cunha: A chegada da Temu certamente gera uma nova dinâmica no mercado, principalmente por sua política agressiva de preços. No entanto, acho que as varejistas locais não devem se preocupar excessivamente. A Temu tem enfrentado críticas em outros mercados, especialmente em relação a atrasos na entrega e ao atendimento ao cliente, o que pode ser um ponto fraco aqui no Brasil também. As varejistas brasileiras já possuem um conhecimento profundo do mercado local e uma conexão emocional com os consumidores, o que lhes dá uma vantagem competitiva significativa.

 

Pergunta: Quais são as principais vantagens das varejistas brasileiras em comparação com os grandes players internacionais?

 

Rafael da Cunha: As varejistas brasileiras têm uma compreensão íntima das particularidades do mercado local, como a complexidade dos impostos e as preferências culturais. 

 

Além disso, elas têm uma capacidade de adaptação rápida às mudanças do mercado e podem ajustar suas estratégias de forma mais precisa para atender às necessidades dos consumidores brasileiros. 

 

Essa agilidade é um grande diferencial em relação às grandes corporações internacionais, que podem ser mais lentas para responder às mudanças locais.

 

Pergunta: Em sua opinião, quais estratégias as varejistas brasileiras devem adotar para competir com a Temu?

 

Rafael da Cunha: Acredito que investir na experiência do cliente é fundamental. A pesquisa CX Trends 2024 mostra que 65% dos consumidores valorizam uma experiência de compra personalizada. 

 

Sendo assim, as varejistas devem focar em oferecer um atendimento ágil e personalizado, garantindo a satisfação do cliente. Além disso, a omnicanalidade é crucial. As empresas devem estar presentes em todos os canais onde os clientes estão, seja online ou offline, para oferecer uma experiência de compra integrada e consistente.

 

Pergunta: Quais são os principais desafios que o varejo brasileiro enfrenta atualmente?

 

Rafael da Cunha: Um dos maiores desafios é a diminuição da fidelidade à marca. Hoje em dia, os consumidores estão mais focados na experiência de compra do que na lealdade à marca. Eles esperam uma experiência personalizada, fácil e conveniente. 

 

As varejistas precisam estar constantemente se adaptando às novas expectativas dos consumidores e às mudanças no mercado para se manterem relevantes. 

 

Outro desafio é a pressão por preços baixos, especialmente com a entrada de concorrentes internacionais que operam com margens de lucro muito baixas.

 

Pergunta: Você acredita que a Temu vai conseguir superar esses desafios no Brasil?

 

Rafael da Cunha: A Temu tem uma tarefa difícil pela frente. Além das críticas que já recebeu em outros mercados, ela terá que se adaptar rapidamente às peculiaridades do mercado brasileiro. 

 

A concorrência aqui é acirrada, e os consumidores são exigentes quanto à qualidade do serviço. Se a Temu não conseguir superar os problemas de entrega e de atendimento ao cliente que enfrentou em outros lugares, pode encontrar dificuldades para se estabelecer no Brasil.

 

Pergunta: Como as mudanças no comportamento do consumidor estão impactando o varejo digital no Brasil?

 

Rafael da Cunha: As mudanças no comportamento do consumidor estão transformando o varejo digital de várias maneiras. A lealdade à marca está diminuindo, e os consumidores estão mais focados na experiência de compra. Eles querem conveniência, personalização e facilidade de uso. 

 

Isso significa que as empresas precisam investir em tecnologia e inovação para oferecer uma experiência de compra que atenda a essas expectativas. A omnicanalidade, como eu disse anteriormente, é uma resposta direta a essas demandas, permitindo que os consumidores comprem onde e como quiserem, de forma integrada e eficiente.

 

Pergunta: Quais são suas expectativas para o futuro do varejo brasileiro com a chegada de novos players como a Temu?

 

Rafael da Cunha: Vejo o futuro do varejo brasileiro com otimismo. A chegada de novos players como a Temu traz desafios, mas também oportunidades. As varejistas brasileiras têm a chance de fortalecer suas posições no mercado ao focar na experiência do cliente e na inovação. 

A competição é saudável e pode levar a um mercado mais dinâmico e eficiente. As empresas que conseguirem se adaptar rapidamente às mudanças e capitalizar suas vantagens locais estarão bem posicionadas para prosperar, mesmo em um cenário desafiador.


 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARCUS ANTONIO LOPES DE SANTANA JUNIOR
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