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07/07/2024 às 23h09min - Atualizada em 09/07/2024 às 07h36min

Uso excessivo de telas pode antecipar a miopia em crianças, alerta oftalmologista do H.Olhos de SP

Além de controlar o tempo de exposição dos pequenos diante dos aparelhos eletrônicos, pessoas de todas as idades devem fazer pausas para descansar a visão  

SIG EIKMEIER
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Se antes os pais tinham que monitorar o tempo que a criança ficava na frente da televisão, para prevenir problemas de visão, hoje as telas estão em toda parte e controlar o período de exposição ficou ainda mais trabalhoso.


 

Celulares, computadores, notebooks ou tablets fazem parte da rotina da maioria das pessoas e os cuidados para evitar que o uso excessivo afete a saúde ocular devem ser adotados não somente na infância, mas em todas as faixas etárias.


 

A oftalmologista Thayana Darab, do H.Olhos - hospital de olhos localizado em São Paulo, explica que o maior risco é de doenças na retina, uma fina camada de tecido localizada no fundo do olho, próxima ao nervo óptico, que capta as ondas luminosas para que seja formada a visão.


 

De acordo com a médica, "quando permanecemos longos períodos em frente de telas, os músculos oculares precisam se contrair para manter o foco de perto. Além disso, as luzes emitidas pelos aparelhos, especialmente a luz azul, aumentam a incidência de doenças retinianas". 


 

O excesso de telas pode provocar sintomas como cansaço visual, ressecamento, ardência, embaçamento da visão para enxergar longe e dor de cabeça. Entre as consequências, doenças como  estrabismo agudo, quando os músculos dos olhos deixam de ficar paralelos, olhos secos e pseudomiopia, podem surgir ainda na infância.


 

"Nas crianças, o uso prolongado de telas também pode antecipar problemas como a miopia e contribuir para o aumento progressivo do grau", alerta a Dra. Thayana Darab. Para prevenir doenças oculares, ela recomenda adotar a regra 20/20, em que após 20 minutos de uso seja feita uma pausa de 20 segundos com os olhos fechados ou com o olhar fixo em um objeto distante.


 

A oftalmologista reforça a importância de manter uma distância de pelo menos 50 centímetros dos aparelhos eletrônicos e de os pais controlarem o tempo de uso das crianças. A médica lembra que a orientação da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e Pediatria é que o acesso seja vetado antes dos dois anos de idade.


 

A recomendação da entidade é para que dos dois aos cinco anos a criança permaneça por no máximo uma hora por dia na frente de telas e, dos seis aos dez anos, por até duas horas, sempre sob a supervisão de um adulto. ''Outro cuidado é realizar check-ups oftalmológicos a partir da primeira infância', complementa a oftalmologista.


Dados do H.Olhos indicam avanço da miopia em crianças 
 

Levantamento realizado nas unidades do H.Olhos Paulista e do ABC, em São Paulo,  mostra aumento no número de crianças atendidas com miopia. De janeiro a junho de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 184%, na faixa de zero a 5 anos, e de 48%, em pacientes dos 5 aos 10 anos de idade.


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