22/05/2024 às 18h26min - Atualizada em 23/05/2024 às 06h46min

Bebê Rena brasileiro? Especialista opina sobre caso de stalker em Minas Gerais

Alexander Bez, psicólogo especialista em saúde mental, associa caso ao transtorno de Erotomania

MáRCIA STIVAL ASSESSORIA
Márcia Stival Assessoria
Divulgação

A artista plástica Kawara Welch, de 23 anos, foi presa por perseguir um médico por cinco anos em Minas Gerais. Tudo começou em 2019, quando a stalker foi atendida pelo profissional e passou a dizer que estava apaixonada por ele. 

Após o médico retirá-la da lista de pacientes, ele e sua família começaram a receber ligações e mensagens de Kawara, que chegou a cadastrar mais de dois mil números de telefone para tentar entrar em contato. O caso repercutiu na mídia e internautas associaram a situação à série “Bebê Rena”, lançada recentemente e que se tornou sucesso na Netflix, a produção é baseada em fatos reais e conta a história de uma stalking e de uma perseguição obsessiva.

O psicólogo Alexander Bez, especialista em saúde mental, afirma que tanto a stalker de Minas Gerais, quanto a stalker da série, apresentam traços do transtorno de Erotomania, uma síndrome psiquiátrica de natureza delirante, que apresenta sintomas de fixação irreal. 

“A Erotomania é um transtorno mental grave, em que o indivíduo acredita fielmente que é amado pela pessoa, interpretando ações simples como expressões de amor, manifestando, assim, um delírio. Os pacientes com esse quadro podem buscar as vítimas de diversas maneiras, para tentar materializar sua ilusão.”, esclarece Bez.

Também chamado de Síndrome de Clérambault, esse comportamento pode levar o stalker a agir de maneira perigosa, colocando em risco a integridade física e sexual da pessoa escolhida. 

O especialista explica que a Erotomania pode ser categorizada em dois níveis, sendo o primário caracterizado por um componente delirante e não há outros transtornos relacionados, deixando o tratamento mais difícil. 

Já o nível secundário apresenta mais transtornos além desse, complicando o quadro clínico. 

“Porém, a resposta aos tratamentos psicológicos e psiquiátricos tem melhores respostas. Nesse caso, abordagens terapêuticas podem ser combinadas.”, finaliza Alexander.

A Erotomania pode ser tratada através de psicoterapia, antipsicóticos, antidepressivos e ansiolíticos, além de abordagens psicológicas a fim de corrigir e melhorar os sintomas apresentados.


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MARCIA ROSANE STIVAL
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