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21/05/2024 às 12h33min - Atualizada em 22/05/2024 às 04h24min

Como a cirurgia plástica pode evitar traumas com cicatrizes da infância

ASSESSORIA FSB
Foto: Divulgação

A infância é uma fase de descobertas e aprendizados importantes para o crescimento saudável, além da formação de habilidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais. Mas muitas vezes, também acaba sendo um período que envolve riscos, como quedas e acidentes domésticos. Segundo pesquisa recente divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria, mais de 33 mil crianças menores de 10 anos foram internadas em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023 devido a quedas.

Além do atendimento emergencial, que deve assegurar a saúde e a segurança da criança, uma preocupação pode surgir entre elas ou seus pais e responsáveis: a cicatriz. É aí que a cirurgia plástica assume papel importante durante o tratamento. Afinal, em alguns casos a cicatriz resultante de um acidente doméstico pode afetar diretamente a saúde emocional da criança, principalmente se estiver localizada em uma região muito exposta do corpo, como o rosto. 

De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, cerca de 7% dos procedimentos realizados anualmente no país acontecem em crianças e adolescentes -  ou seja, de um total de 1,7 milhão de operações, mais de 115 mil ocorrem em menores de 18 anos. E os motivos que levam pais e responsáveis a procurarem os cirurgiões plásticos podem ser variados, mas as quedas e os acidentes domésticos estão entre os principais.

Para o cirurgião plástico Fabio Nahas, professor da Unifesp e Diretor Científico Internacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esse tipo de intervenção vai além da questão estética. “É indiscutível que a culpa do bullying sofrido pela criança não é dela, mas sim de quem o realiza. Entretanto, crianças com cicatrizes muito expostas, como no rosto, podem ser alvo dessa mazela. Isso pode ter efeitos diretos no desenvolvimento de transtornos psicológicos, que impactam diretamente a interação social e desempenho escolar - grandes fatores de atenção durante a infância”, explica o cirurgião plástico.

 

É possível realizar esse tipo de cirurgia pelo SUS?

No Brasil, é possível realizar algumas cirurgias reparadoras pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo e que atende a milhões de brasileiros em diversos serviços, inclusive nas cirurgias plásticas reparadoras. Para isso, é necessária uma indicação médica formal, comprovando que a criança deve passar pela cirurgia por estar com sua saúde física ou psicológica comprometida. 
 

Tecnologia como principal aliada

A segurança da criança durante qualquer cirurgia é uma das principais preocupações para os pais, que naturalmente questionam se podem estar colocando seus filhos em risco. Nahas explica que, atualmente, a medicina conta com avanços tecnológicos que oferecem uma segurança ainda maior. “Hoje temos a integração de dispositivos que tornam as cirurgias mais seguras com o uso de  aparelhos que permitem a avaliação precisa dos parâmetros durante a cirurgia.
 

O controle de complicações e resultados assume, com o auxílio dessas tecnologias, uma posição de prioridade no âmbito da cirurgia plástica, especialmente quando se trata de procedimentos realizados em crianças ou adolescentes. “Assim, podemos proporcionar mais tranquilidade e confiança aos pais que optarem por este tipo de tratamento, responsável por desempenhar um papel fundamental na promoção de uma infância mais saudável e feliz”, completa o médico.

 

Sobre Fabio Nahas

Com mais de 30 anos de carreira, Fabio Nahas é um dos cirurgiões plásticos mais renomados do país. Diretor Científico Internacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, foi vice-presidente da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Estética) e é especializado em Cirurgia Plástica e Reconstrutora.
 

Fabio Nahas é formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com especialização em cirurgia geral e em cirurgia plástica pela USP. Realizou "fellowship" em cirurgia plástica na Universidade do Alabama, em Birmingham, nos Estados Unidos, tem Doutorado pela Faculdade de Medicina da USP e é Livre-Docente pela Unifesp / Escola Paulista de Medicina. Atualmente, se divide entre a clínica particular, na região da Avenida Brasil, em São Paulo, e a vida acadêmica. É Professor Orientador de Teses de Mestrado e Doutorado e Professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). É também Editor Associado do Aesthetic Plastic Surgery Journal, órgão oficial de publicações científicas da International Society of Plastic Surgery (ISAPS).
 

O cirurgião conta com diversas contribuições científicas, com mais de 400 publicações, artigos e estudos na área de atuação. Nahas tem seis livros publicados e realizou conferências e cirurgias em 33 países, em universidades como New York University, Universidade de Pittsburgh, Universidade da Califórnia em São Francisco, Clínica Mayo, Universidade de Toronto, entre outras.


 

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LETICIA DOS SANTOS MAGALHAES
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