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28/02/2024 às 13h39min - Atualizada em 28/02/2024 às 13h39min

Oposição quer instalação de CPI para investigar abuso sexual infantil na Ilha do Marajó

A senadora Damares Alves, após a divulgação da música de Aymeé, expressou sua gratidão à cantora por dar mais publicidade à situação da região, afirmando sentir-se profundamente tocada pela mensagem veiculada.

Assessoria de imprensa
Foto: A Ilha do Marajó é uma ilha costeira do tipo fluviomarítima situada na Área de Proteção Ambiental do arquipélago do Marajó, no estado do Pará, na região norte do Brasil. Considerada a maior ilha fluviomarítima do planeta.
Os deputados federais Eduardo Bolsonaro e Paulo Bilynskyj articulam a instalação de uma Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) para investigar a exploração e abuso sexual de crianças na Ilha do Marajó (PA). O requerimento precisa, no mínimo, de 171 assinaturas para ser formalizado. Até o momento, o pedido já conta com 93. O caso voltou a ganhar destaque neste mês de fevereiro, após a divulgação de uma música da cantora Aymeê intitulada "Evangelho de fariseus".

Os casos de exploração e abuso sexual infantil, na região, já integraram duas CPIs no Congresso Nacional: a CPI da Pedofilia, em 2018; e a CPI do Abuso e Exploração de Crianças e Adolescentes, entre 2012 e 2014. Consta, na investigação de 2014, um depoimento da Coordenadora da Comissão de Justiça e Paz, do Regional 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), irmã Marie Henriqueta, destacando situações em que as crianças vão vender óleo nas balsas e são apreendidas pelos pedófilos.

O retorno do assunto aos holofotes se deu quando a cantora Aymeê se apresentou na semifinal do programa "Dom reality", uma competição musical entre artistas do universo gospel transmitida no YouTube na quinta-feira (15), e trouxe à tona os dramas e delitos que assolam Marajó em um breve discurso após sua performance. "Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard. As crianças de 5 anos, quando veem um barco vindo de fora com turistas (a jovem se interrompe)... Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5",  declarou Aymeê.

A senadora Damares Alves, após a divulgação da música de Aymeé, expressou sua gratidão à cantora por dar mais publicidade à situação da região, afirmando sentir-se profundamente tocada pela mensagem veiculada. O Ministério Público Federal, no final do ano passado, ajuizou Ação Civil Pública contra a ex-ministra, bem como contra a própria União, pleiteando indenização de 5 milhões de reais por Damares ter feito denúncias públicas acerca de abusos sexuais e tráfico de pessoas (mais especificamente crianças) para fins de exploração sexual na Ilha de Marajó. As afirmações de Damares Alves foram rotuladas como “fake news”. 
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