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28/06/2018 às 12h10min - Atualizada em 28/06/2018 às 12h10min

Pessoas que falam com animais são mais inteligentes que as demais

Ao falar com nossos animais estamos na verdade estimulando-os a aprender mais e a evoluir

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Pesquisadores afirmam existir razões cientificas para que humanos conversem com animais domésticos | Foto: Shutterstock
Notadamente algumas pessoas preferem a companhia dos animais a de seres humanos. São pessoas que tem o costume de conversar com cães ou gatos em casa, desejarem-lhes bom dia, questionar se eles querem passear e outras conversas parecidas com as que os seres humanos trocam entre si.

Por mais estranho que possa parecer, o hábito de falar com animais domésticos, plantas ou qualquer objeto inanimado, não é condenável, ao contrário disso é um sinal de inteligência, dizem os cientistas. Esse ato é conhecido como antropomorfismo.

A antropomorfização é a atribuição de traços, emoções ou intenções humanas a entidades não humanas. Nenhum outro ser vivo além dos seres humanos tem tal habilidade para identificar o comportamento humano em objetos inanimados.

Os seres humanos tentam antropomorfizar um objeto inanimado quando ele possui características que se assemelham a um rosto, então inicia-se a tentativa de aproximação ou mesmo quando não é possível explicar um comportamento imprevisível e isso causa curiosidade. Compreendendo o funcionamento desses gatilhos, entende-se porque essa tendência é essencial para a sobrevivência e a inteligência humanas.

Essa capacidade de perceber as coisas não humanas como humanas é que compõe o antropomorfismo. Normalmente, quando as crianças fazem isso, as pessoas encaram com certa naturalidade e ternura, porém quando são os adultos a apresentar esse comportamento, isso é visto como algo “esquisito”. Segundo os especialistas em antropologia, ver traços humanos em algo não humano ou em um objeto é, na verdade, um sinal de inteligência.

Pessoas que falam com seus cães são mais inteligentes que as que não falam | Foto: Divulgação

Pessoas que falam com seus cães são mais inteligentes que as que não falam | Foto: Divulgação

Pessoas que falam com seus cães são mais inteligentes que as que não falam | Foto: Divulgação

Pessoas que falam com seus cães são mais inteligentes que as que não falam | Foto: Divulgação



O antropomorfismo não afeta apenas humanos, mas também os animais. Estudos mostram que, se o tutor continuar conversando com os cães, eles aprendem a diferenciar as palavras e a identificar os gestos. Esses animais são companheiros dos seres humanos há anos e evoluíram de acordo com essa convivência.

Nomear animais domésticos e objetos inanimados é a maneira mais popular de antropomorfização, mas não é a única. Dar aos animais características de personalidade, como seres humanos, também vem sob a alcunha de antropomorfismo. Chamando a um cachorro de “bebê”, um gato de “velho rabugento”, esta pessoa está antropomorfizando o animal, humanizando-o.

De acordo com um estudo realizado em Harvard, em 2011, um grupo de pessoas recebeu fotos de filhotes e de animais adultos, a maioria das pessoas escolheu as fotos de filhotes e admitiu que dariam nomes humanos a eles e se refeririam a eles usando termos de gênero adequados (ele ou ela). Caso estas pessoas possuíssem filhotes de cachorro, os chamariam e falariam com eles como se falassem com humanos.

Os cérebros humanos são mais complicados do que se possa explicar em sua totalidade. Anos de pesquisas e estudos científicos, e ainda não se tem certeza do que a mente é totalmente capaz. Tentar encontrar características humanas em objetos inanimados, como carros, canetas, brinquedos ou qualquer coisa, é um sinal da criatividade e capacidade do cérebro humano.

Quando os tutores falam com os cães, eles são capazes de entender as palavras e as emoções que as acompanham. Os gatos não entendem tão bem quanto os cães, mas eles também têm a capacidade de reconhecer a voz e os comandos dos tutores. Na verdade, os gatos usam mais de 16 maneiras diferentes de se comunicar (eles ouvem, porém não se importam em reagir).

O cérebro fica confuso quando capta um objeto com olhos, e tenta classificá-lo como humano. Por exemplo, olhos de brinquedo colados em uma geladeira criam o impulso de comunicação com ela, ou pelo menos o impulso de dar-lhe um nome. Isso é ciência básica e, como um animal social, o ser humano quer se comunicar com todos que puder e fazer amizade com eles, é da natureza humana.

Citando Nicholas Epley, professor de ciência comportamental da Universidade de Chicago: “historicamente, o antropomorfismo tem sido tratado como um sinal de infantilidade ou estupidez, mas é na verdade um subproduto natural da tendência que torna os humanos excepcionalmente inteligentes neste planeta. “
 
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