AtaNews Publicidade 728x90
29/01/2024 às 12h35min - Atualizada em 29/01/2024 às 12h35min

Após três furtos na mesma escola, moradores do Cecap apontam falta de segurança

Em pouco mais de 20 dias, a Escola Estadual Angelina Lia Rolfsen foi alvo de três furtos; casos são investigados pela DIG

Acidadeon
Escola estadual foi alvo de três furtos em 20 dias (Foto: Milton Filho/ acidade on)
Pela terceira vez em pouco mais de 20 dias, a Escola Estadual Angelina Lia Rolfsen, no Cecap, em Araraquara, foi alvo de furtos, sendo dois deles apenas na última semana. A falta de segurança no bairro é uma das reclamações frequentes de moradores e comerciantes.

“Este bairro não é seguro, é policiado devido ao tráfico de drogas, mas a escola fica muito deixada de lado. Aqui precisava de policiamento, não só para ficar atrás de bandido, mas para fazer uma ronda”, disse uma comerciante que preferiu não se identificar.

Segundo ela, falta um trabalho preventivo para inibir a criminalidade. “Eles [criminosos] usam a escola como fuga porque daqui dá para sair do outro lado. A gente cansou de presenciar isso aqui”, comentou.

Um homem, que reside há 38 anos no bairro, contou que a presença da Polícia Militar se limita apenas à praça, onde é comum o tráfico de drogas. “A polícia praticamente todo dia está dentro da praça, mas não adianta”, disse.

Para ele, falta segurança, principalmente no entorno da escola. “Segurança nunca é demais, principalmente na porta de escola, quando as crianças ainda estão sob os cuidados dos professores“, pontuou.

Somente em janeiro, a Escola Estadual Angelina Lia Rolfsen foi invadida três vezes. O primeiro caso ocorreu no dia 3 e duas pessoas foram presas com 60 kg de fios de cobre, que foram recuperados.

Porém, o mesmo local foi invadido novamente na última segunda-feira (22) e os objetos recuperados foram furtados outra vez. Na quinta-feira (24), o caso se repetiu.

Um homem, que também mora próximo ao local, disse que os filhos frequentaram a escola. Mesmo sem ter sido vítima da criminalidade, ele colocou cerca elétrica na residência e evita passar pela rua próxima à praça depois das 17h.

“A viatura [da PM] de vez e quando a gente vê. A Guarda Municipal raramente a gente vê. O nosso problema é aquela praça. Eu tinha costume de ir com a minha neta na praça. Hoje, eu não vou mais porque encontra um pino [de cocaína] atrás do outro”, comentou.

Para uma moradora que reside há 40 anos no Cecap, toda insegurança está relacionada às drogas, principalmente por parte dos usuários que frequentam a praça do bairro.

“Lógico que a gente tem que vigiar, mas, graças a Deus, nunca fizeram nada comigo. Para mim, todo o problema se resume àquela praça. A polícia tinha que fazer mais rondas por aqui“, pontuou.

Procurada para comentar o assunto, a secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que os casos citados são investigados pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara, que realiza diligências para identificar e prender os autores dos crimes.

“Foram solicitados exames junto ao IC (Instituto de Criminalística) e o caso foi registrado como furto a estabelecimento de ensino no plantão da Delegacia Seccional de Araraquara”, disse.

Ainda segundo a secretaria, “as forças de segurança atuam em conjunto com todos os órgãos educacionais para garantir a segurança nas escolas, com o uso da tecnologia no monitoramento e acompanhamento das instituições de ensino, fortalecendo as ações preventivas com corpo profissional no apoio à comunidade escolar.”

Já a secretaria de Educação de São Paulo não respondeu.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »