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26/01/2024 às 15h03min - Atualizada em 26/01/2024 às 15h03min

Acidente com três mortos em SP reacende debate sobre importância do exame toxicológico

Cerca de 73,4% dos motoristas profissionais do estado ainda não realizaram o teste. De 2016 a 2019, a política pública já reduziu em 60% o uso de drogas nas estradas

Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação
Um engavetamento na rodovia Presidente Dutra (BR-116), na região da Vila Maria (zona norte de São Paulo), trouxe a tona o debate sobre a importância do exame toxicológico para motoristas profissionais. O caminhoneiro que colidiu com um automóvel, deixando três mortos, foi autuado pela Polícia Rodoviária Federal dirigir sob efeito de substância psicoativa, resultando na duplicação do valor da multa devido à reincidência. 

 Em São Paulo, apenas 26,6% dos condutores nas categorias C, D e E – como caminhoneiros e condutores de ônibus e vans – fizeram o exame toxicológico obrigatório, segundo dados da Associação Brasileira de Toxicologia (Abtox). O prazo acabou em 28 de dezembro, mas os condutores que não estiverem com seus testes em dia têm uma tolerância de até 30 dias para regularizar a situação e evitar multas.  

 O exame toxicológico de larga janela de detecção é um teste rápido capaz de detectar se houve consumo de drogas em um período de 90 a 180 dias anteriores a coleta. "De 2016 a 2019, a política pública já contribuiu para uma redução de 60% no uso de substâncias nas estradas", explica o presidente da Abtox, Renato Borges Dias.  

 A política pública também contribuiu para uma diminuição significativa dos acidentes de trânsito no Brasil. Em 2015, antes da Lei do Caminhoneiro – que estabeleceu a obrigatoriedade do exame toxicológico –, houve 43.071 acidentes envolvendo veículos pesados. Após a implementação da legislação, em 2017, o número caiu para 27.679, uma redução de 36%.  

 "O exame toxicológico é um compromisso inegociável com a vida e a integridade nas rodovias. Os resultados são visíveis: queda da acidentalidade no trânsito, economia nos gastos associados a acidentes e, consequentemente, menos mortes nas estradas", reforça Dias. 

 As penalidades para quem não fizer o exame toxicológico incluem perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) multa automática de R$ 1.467. Em caso de reincidência do flagrante do exame toxicológico vencido, dentro do período de 1 ano, o valor da multa dobra para R$ 2.934,70, com suspensão direito de dirigir por 3 meses. 

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