Imagem/Divulgação Em resposta à repercussão negativa do episódio, o Ministério da Saúde emitiu uma nota oficial lamentando a apresentação. De acordo com a gestão de Nísia Trindade, a performance que viralizou nas redes sociais "surpreendeu pela coreografia inapropriada"
Apresentação de dança erótica durante o 1º Encontro de Mobilização de Promoção da Saúde no Brasil, promovido pelo Ministério da Saúde, na última quinta-feira (5), viralizou nas redes sociais. Isso porque a performance é obviamente inadequada.
Enquanto um dos quatro membros do grupo no palco entoava a música "Batcu", de Aretuza Lovi e Valeska Popozuda, uma mulher realizou uma coreografia que incluia movimentos sensuais e levantou a parte posterior de seu vestido, mostrando a calcinha enquanto rebolava para o público.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) também se pronunciou sobre o ocorrido. "É chocante ver como a ideologia influenciou o governo", escreveu o ex-ministro da Casa Civil. Leia:
Este evento de três dias teve início na última quarta-feira (4) e está programado para encerrar nesta sexta-feira (6). A cena foi capturada por um convidado que posteriormente compartilhou o conteúdo nas redes sociais, gerando um debate acalorado.
O suposto objetivo do encontro é apoiar a implementação e a gestão participativa da Política Nacional de Promoção da Saúde, através do compartilhamento de experiências e do enriquecimento do diálogo entre gestores e trabalhadores de diferentes estados, conforme exposto pelos organizadores e palestrantes.
O evento também incluiu momentos dedicados à valorização da diversidade cultural. Conforme a descrição do encontro, ele se enquadra como parte do apoio à Política Nacional de Promoção da Saúde do governo Lula.
"O I Encontro de Mobilização para a Promoção da Saúde no Brasil visa apoiar a implementação da PNPS através do compartilhamento de ideias e experiências, ampliação do diálogo, estímulo à gestão participativa e construção da agenda de territorialização da promoção da saúde no país", declarou o Ministério da Saúde em um comunicado.
"Nesse encontro, esperamos contar com a participação de gestores, trabalhadores das Secretarias Estaduais e das Capitais, das áreas de Promoção da Saúde, Condições Crônicas Não Transmissíveis, Atividade Física, Alimentação e Nutrição, Saúde na Escola, Bolsa Família, entre outros parceiros da gestão pública, instituições de ensino, pesquisa e movimentos sociais.", concluiu.
Diante do ocorrido, diversos parlamentares e cidadãos brasileiros se mostraram indignados nas redes sociais com o destino que o dinheiro público recebe. :
NOTA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Em resposta à repercussão negativa do episódio, o Ministério da Saúde emitiu uma nota oficial lamentando a apresentação. De acordo com a gestão de Nísia Trindade, a performance que viralizou nas redes sociais "surpreendeu pela coreografia inapropriada".
O Ministério da Saúde afirmou que sete grupos artísticos foram convidados para se apresentarem durante os intervalos do evento e que a performance polêmica foi um episódio isolado que não reflete a política da Secretaria. O órgão também se comprometeu a tomar medidas para que situações semelhantes não ocorram novamente.
"Uma das apresentações surpreendeu pela coreografia inapropriada. O Ministério da Saúde lamenta pelo episódio isolado, que não reflete a política da Secretaria e nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizados no encontro, e adotará medidas para que não aconteça novamente." , destacou o comunicado oficial.
UMBANDA Dentro do contexto do evento, outro fato inédito foi a participação da "Mãe Nilce Naira", que iniciou as atividades com uma bênção e uma oração aos orixás, pedindo força para que possam "ocupar um espaço tão importante com igualdade de direitos".
Em seguida, Andrey Lemos, Diretor do Departamento de Promoção da Saúde, responsável pela organização do evento, fez um pedido especial a Exu, o orixá da comunicação, solicitando que as palavras e os discursos proferidos durante o encontro impulsionem a mobilização da saúde no país.
Esse acontecimento reflete a resolução do Conselho Nacional da Saúde que, em agosto dese ano, recomendou que terreiros de umbanda fossem integrados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
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