28/09/2023 às 13h45min - Atualizada em 28/09/2023 às 13h45min
Menino esquartejado era autista e ficou 30 minutos sozinho com irmão
Caio, 7 anos, era autista e ficou em casa com o irmão enquanto a mãe saiu para trabalhar, diz família; irmão confessou o crime, diz polícia
Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação O menino de 7 anos que foi encontrado morto esquartejado debaixo da cama do irmão, no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo, era autista e ficou cerca de 30 minutos em casa com o irmão.
Guilherme França Alcântara, de 19 anos, confessou à polícia que matou Caio, seu irmão mais novo. Ele foi preso nessa quarta-feira (27/9).
A mãe de Caio saiu para trabalhar e deixou o filho caçula aos cuidados do irmão dele. O pai chegaria do trabalho logo em seguida. Segundo a família, o intervalo entre a saída da mãe e a chegada do pai foi de 30 minutos. A suspeita é que Guilherme tenha cometido o assassinato nesse período.
Ao chegar do trabalho, o pai não encontrou Caio, e seu irmão teria dito que não sabia onde ele estava. Em entrevista, a mãe disse que chegou a pensar que o garoto a tinha seguido na rua, porque mais cedo ele havia perguntado se poderia acompanhá-la ao trabalho.
Porém, imagens de uma câmera de segurança divulgadas mostram que, depois que a mãe passa pela rua, o garoto não realizou o mesmo trajeto em momento algum.
Desaparecimento Caio foi dado como desaparecido, e os pais acionaram a polícia. Policiais do 100º DP (Jardim Herculano) afirmaram que, durante as investigações do desaparecimento, a equipe sentiu um cheiro bastante forte vindo de um dos quartos da casa da família. Os policiais pediram a permissão dos pais do garoto para verificar o local. Durante a vistoria, os agentes encontraram um saco preto com pedaços do corpo de Caio.
O suspeito foi interrogado e, segundo os policiais civis, confessou ter matado o próprio irmão. De acordo com os investigadores, o rapaz não demonstrou arrependimento e teria dito que cometeu o crime apenas porque queria matar alguém.
No local, havia um facão que teria sido usado no assassinato. os policiais também encontraram um caderno com anotações sobre “como cometer um assassinato”.