27/09/2023 às 17h17min - Atualizada em 27/09/2023 às 17h17min
TSE determina a exclusão das Forças Armadas do grupo de auditoria e fiscalização das eleições
Moraes determinou que as Forças Armadas continuará auxiliando somente na questão logística de transporte de urnas e na manutenção da ordem pública – garantido a segurança dos eleitores nos locais de votação.
Assessoria de imprensa
Foto: Divulgação O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) excluiu as Forças Armadas do grupo de auditoria e fiscalização de votos das próximas eleições. A medida foi apresentada nesta terça-feira (26) pelo presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, que contou com o apoio unânime da instância jurídica. Moraes afirmou que a participação dos militares no TSE mostrou-se “absolutamente incompatível com as atribuições constitucionais”.
“Não se mostrou necessário, razoável e eficiente a participação das Forças Armadas. Demonstrou-se absolutamente incompatível com as atribuições constitucionais, e também a participação na comissão de transparência eleitoral”.
Moraes determinou que as Forças Armadas continuará auxiliando somente na questão logística de transporte de urnas e na manutenção da ordem pública – garantindo a segurança dos eleitores nos locais de votação.
“O importante, e aí sim imprescindível auxílio, é a constante parceria das Forças Armadas com a Justiça Eleitoral, essa permanecerá. Permanecerá nas atividades que realmente são as atividades que as Forças Armadas historicamente e tradicionalmente sempre realizaram, numa grande parceria com a Justiça Eleitoral, para a segurança dos eleitores dos locais de votação, além do imprescindível apoio logístico que as Forças Armadas dão na realização de transporte de urnas”.
Até o presente momento, quatorze entidades ainda estão incumbidas de realizar o ofício de fiscalização das urnas eleitorais. Veja:
- Partidos políticos, federações e coligações;
- Ordem dos Advogados do Brasil;
- Ministério Público;
- Congresso Nacional;
- Controladoria-Geral da União;
- Polícia Federal;
- Sociedade Brasileira de Computação;
- Conselho Federal de Engenharia e Agronomia;
- Conselho Nacional de Justiça;
- Conselho Nacional do Ministério Público;
- Tribunal de Contas da União;
- Confederação Nacional da Indústria, demais integrantes do Sistema Indústria e entidades corporativas pertencentes ao Sistema S;
- Entidades privadas brasileiras, sem fins lucrativos, com notória atuação em fiscalização;
- Departamentos de tecnologia da informação de universidades credenciadas junto ao TSE.
O Tribunal Superior Eleitoral disponibilizaria R$ 110 milhões às Forças Armadas para atuarem nas questões de logística e segurança nos dois turnos das eleições de 2022. R$ 59 milhões seriam destinados para o transporte de urnas e insumos eleitorais e R$ 51,1 milhões para a segurança de eleitores e manutenção da ordem.
O exército obteria cerca de 75% do capital, isto é, R$ 83 milhões; R$ 14,9 milhões seriam encaminhados à Aeronáutica e R$ 11,9 à Marinha.